Fantastipedia
Advertisement
Agoue

Agoué, de Frantz Zephirin (1999)

Agboê, Agbê, Agoê ou Agüê (diferente de Aguê) também chamado Hu, é o vodum do mar, cultuado sobretudo pelos hweda, nas circunvizinhanças de Uidá e Grande Popo, no Benin.

É considerado o terceiro filho de Mawu, gerado com sua irmã gêmea Naeté ou Ná Etê. Ele é representado por uma serpente, símbolo de eternidade. Um de seus filhos mais temidos é Dan Toxosu, que manifesta sua própria imagem nos nascimentos de bebês com deformações físicas, pois os fon consideram que crianças com deformidades são protegidos por Toxosu ou Tohosu (o "x" representa uma fricativa velar, como o "J" do castelhano "Juan").

A festa anual de Agboê (chamada Gozìn), que celebra a aliança entre os homens e o mar, ocorre em Grande Popo no litoral sudoeste do Benin (antes, em Uidá) todo dia 10 de janeiro, dia que o governo beninense decretou em 1996 como feriado nacional, dedicado à herança ancestral da tradição vodum.

A cerimônia, muito concorrida por iniciados do culto vodum vindos de várias partes do Benin, mas ainda também do Togo, Haiti, França, Canadá, EUA e Brasil, é dirigida pelo mais respeitado sacerdote de Agboê entre os fon, que é o Daagbo Hunon, cuja tradição remonta ao século XIV.

Agboê no Haiti[]

Agwe

Agwe e Lasiren, de Rayman Cayman

St ulrich

Santo Ulrico, sincretizado com o loa Agoué-Taroyo

No Haiti, Agwé ou Agoué-Taroyo é o senhor dos mares, de sua fauna e flora e das embarcações. Tem por símbolo barcos em miniatura, remos pintados de azul ou verde, conchinhas, caracóis ou madrepérolas e, às vezes, pequenos peixes de metal. É considerado um dos maridos de Erzulie (chamada Aziri no Brasil) ou de Lasiren (equivalente a Iemanjá no Brasil) e, junto com outros loás da água, representa grandes poderes intuitivos e conhecimento profundo dos oceanos.

É representado na forma de um mulato de pele clara e olhos verdes, ou pela imagem de Santo Ulrico de Augsburgo, com o qual é sincretizado porque esse santo (o primeiro a ser canonizado por meio de processo no Vaticano) costuma ser representado com um peixe na mão. Segundo a lenda católica, certa vez Ulrico deu a um pedinte uma perna de ganso seca e pediu a este que a guardasse a mesma até o dia seguinte (Sexta Feira da Paixão). No dia seguinte, de manhã, a perna de ganso havia se tornado um peixe grande e saboroso.

Referências[]

  • Selene Paniak, Religiões Africanas, edição especial de Homem, Mito & Magia, publicação da Editora Três s/d
  • Wikipédia: Agbê [1]
Advertisement