Lá pelos idos de 1992, na região do pantanal, uma mulher vinha de carona em um caminhão. De repente, bateu-lhe uma vontade de mijar, de modo que pediu ao caminhoneiro que encostasse o veículo, ao que ele atendeu o pedido.
A mulher desceu e foi satisfazer sua necessidade fisiológica, acocorando-se por trás de um dos pneus do caminhão. Um simples deslocamento do veículo foi fatal: o pneu passou por cima da moça e do lado de fora só ficou a cabeça. Todo o resto foi esmagado sob o peso enorme do veículo.
Desde então, as pessoas que passam por ali volta e meia dão de cara com uma mulher à beira da estrada pedindo carona. Obviamente nem todos param, mas os que resolvem parar se arrependem pouco tempo depois da mulher entrar no veículo.
Contam que um senhor de nome Gonzaga, passando por lá alguns anos atrás de bicicleta, deu carona para uma mulher que estava por ali sozinha.
Já na garupa, no meio da pista, na escuridão total, a jovem perguntou ao homem se ele lembrava da mulher que tinha morrido esmagada pelo pneu de um caminhão alguns anos antes naquele lugar, ao que Gozanga respondeu-lhe que sim. Depois de um tempo de breve silêncio, o homem resolve perguntar o por quê da indagação, ao que a moça lhe respondeu que aquela mulher que havia sido morta esmagada era ela mesma. Nesse momento o sangue do homem congelou. O susto foi tão grande que Gonzaga perdeu o controle da bicicleta e foi ao chão, desmaiando em seguida e só veio a acordar um bom tempo depois. Ao que dizem a moça continua vagando por ali, a espera de um desavisado que aceite lhe dar carona.
TEXTO: JOSÉ GIL BARBOSA TERCEIRO
FONTE[]
http://www.catingadeporco.com.br/2010/11/historias-de-trancoso-de-cristino_30.html
https://causosassustadoresdopiaui.wordpress.com/2018/02/02/a-alma-da-mulher-esmagada-pela-carreta/