Essa história é de um tempo em que nem o Aratu (Goniopsis cruentata – também chamado de Caranguejo Maria-Mulata) e nem o Baiacu (Takifugu sp. – também denominado Peixe-Balão) possuíam pintas sobre seu corpo; ambos eram de uma cor só. Conta a lenda que o baiacu pediu ao aratu que pintasse o seu corpo para fi car mais bonito. O Aratu respondeu que o pintaria com todo prazer, se fosse pintado primeiro, pois também queria fi car bonito. Assim, o Baiacu, com toda a boa vontade, pintou o aratu o mais bonito que pôde, desenhando bolinha por bolinha com muito esmero. Quando foi a vez do baiacu o carnaval estava começando e ele com pressa de jogar-se na folia pintou o baiacu o mais rápido que pôde e sem nenhum cuidado. Quando o Baiacu viu que não estava tão colorido e bonito quanto o Aratu, saiu em sua perseguição, não conseguindo alcançar o caranguejo, pois a maré estava vazando, mas jurou que um dia iria pegar o Aratu. E é por isso que toda vez que a maré enche o Aratu sobe nas árvores e se esconde do Baiacu, enquanto este fi ca rodeando as raízes à espera do seu desafeto
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