O bem-te-vi é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos. Seu nome científico -- Pitangus sulphuratus -- é derivado do tupi pitanga guassu, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela das penas de seu ventre.
Também é chamado de triste-vida, bentevi, bem-te-vi-verdadeiro, bem-te-vi-de-coria, tiuí, teuí, tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). Entre os índios, é ainda conhecido como pituã, pitaguá ou puintaguá.
Mede cerca de 23,5 centímetros. Caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça. Seu nome popular é a onomatopéia de seu canto. É ave típica da América Latina, ocorrendo do sul do México à Argentina. É um dos pássaros mais populares do Brasil. Habita cidades, matas e ambientes aquáticos. Possui grande poder de adaptação ambiental.
No folclore brasileiro, acreditam que canta ao sentir a aproximação de alguém, daí ser considerado o arauto de visitas. Pergunta-se: Quem tu viste, bem-te-vi? Homem ou mulher? Se o pássaro canta imediatamente, é homem e, se demorar, é mulher.
Nas narrativas populares do episódio da fuga para o Egito, foi amaldiçoado por Nossa Senhora. Seus gritos sempre denunciavam os esconderijos da Sagrada Família aos soldados de Herodes.
Referência[]
- Luís da Câmara Cascudo. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura; Instituto Nacional do Livro, 1954
- http://yaguareh.blogspot.com/p/livros-de-yaguare.html?m=1