
Bárbara dos Prazeres ou Bruxa do Arco do Teles é uma lenda e conto urbana sobre uma possível mulher que atormentava muitos no século XIX, dizem que sua história é cheia de coisas macabras, mortes e sofrimento. Acreditam que ela seria uma entidade das trevas muito má.
Conto[]
Em 1790, Bárbara Vicente de Urpia, uma bela jovem portuguesa de 20 anos de idade, chegava ao Rio de Janeiro, capital do Vice-Reino, acompanhada de seu marido, Antonio de Urpia, fidalgo português. O motivo da vinda do casal para o Brasil é incerto. Uma versão diz que Bárbara teria envenenado a própria irmã em Portugal e sua vinda ao Rio seria uma forma de despistar as autoridades. Com base no texto de Guar Antiga A Travessa do Comércio, na Praça XV, reduto da boemia carioca tornou-se famosa pelo arco construído sobre ela, no século 18 - o Arco do Teles. O que pouca gente sabe (e quem sabe não comenta) é que o beco debaixo do arco testemunhou muita coisa estranha. Há quem o considere um lugar maldito e garanta que até hoje é mal assombrado. Dentre os diversos episódios estranhos que envolvem o lugar, veremos um dos mais terríveis: a história de uma das primeiras feiticeiras do Rio de Janeiro, certamente a mais cruel. Desculpem-me pelo relato forte e chocante. Todos os fatos que vou citar ocorreram e estão registrados em documentos antigos da polícia carioca. Com a construção da Casa do Governo pelo governador Gomes Freire no Largo do Paço (atual Praça XV), as redondezas se valorizaram e passaram a ser frequentadas pela alta sociedade. Vendo isso, o português Antônio Teles Barreto de Menezes (juiz e proprietário de terras em Jacarepaguá e Baixada Fluminense) mandou construir uma série de casas para aluguel naquele logradouro, pelos idos de 1743. Quando a obra chegou à travessa do Mercado do Peixe, o engenheiro Alpoim (responsável pelo projeto) teve que traçar um amplo arco sobre ela, para que a via dos mercadores não ficasse obstruída pela nova construção. Vem daí o apelido de "Arco do Teles". Os prédios foram todos alugados, ficando os térreos principalmente para os lojistas de secos e molhados; a casa maior, justamente a que ostentava o arco, foi ocupada pelo Senado da Câmara (equivalente hoje à Câmara dos Vereadores).A má sina daquele local iria se revelar nessa época, mais exatamente em 20 de julho de 1790, na loja térrea próxima à rua Direita, onde existia uma loja de objetos usados denominada curiosamente de "O Caga Negócios". Um violento incêndio criminoso destruiu o prédio e deixou dezenas de feridos e dois mortos. O fogo atingiu o andar superior e consumiu o arquivo do Senado da Câmara, perdendo-se assim toda a documentação referente aos primórdios da cidade, inclusive os recibos e cobranças de foros (espécie de IPTU da época) e os registros gerais de imóveis. Além dos documentos, houve vítimas fatais e muitos feridos com graves queimaduras.A partir desta tragédia, a área perdeu o viço e caiu em decadência. As famílias "de bem" abandonaram o local e as ruínas ainda chamuscadas, lambidas pelas chamas passaram a servir de refúgio para prostitutas, mendigos e perigosos marginais, como o Bentevi, o Juriti e o Olho de Gato. Também havia os loucos, como João Alberto Matias, autointitulado "Barão de Schindler", conhecido do povo como "Filósofo do Cais". Alto, de fraque verde, descalço, cachimbeiro e sempre com um alto boné de soldado com plumas. Seria descendente de uma nobre família alemã, combatente nas guerras napoleônicas. Um dia enlouqueceu de vez e foi recolhido ao manicômio.
Fontes[]
https://vejario.abril.com.br/blog/daniel-sampaio/bruxa-arco-do-teles/
http://mundotentacular.blogspot.com/2013/04/arco-do-telles-lenda-da-feiticeira-que.html