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Bruxas brasileiras 102

As bruxas brasileiras são descendentes diretas das portuguesas, com costumes e fadários similares. São mulheres de várias idades que possuem ligação direta com demônios e até com o próprio capiroto, sr. Lúcifer. Costumam agir apenas durante a noite já que, durante o dia vivem como pessoas comuns. Causam vários tipos diferentes de males e infortúnios, como sumir com animais, enlouquecer viajantes e sugar o sangue, ou a força vital, de crianças, as deixando doentes.

Essas bruxas possuem uma variedade absurda de habilidades: Se metamorfoseiam (principalmente em mariposas), voam, transformam pessoas em animais e podem até alterar a realidade, fazendo com que as pessoas enxerguem o ambiente à sua volta de formas assustadoras e distorcidas.

Deve-se tomar muito cuidado para não confundir qualquer praticante de magia com uma bruxa! Essas bruxas são especificamente vítimas de maldição, e embora possam sucumbir a esse estado corrompido, cumprem uma sina da mesma forma que lobisomens e mulas-sem-cabeça, não necessariamente concordando com as próprias ações.

Texto Alternativo[]

Bruxa Brasileira Moderna

Personagem onipresente em todos os recantos assombrados do mundo, a bruxa, no Brasil, também conheceu uma próspera divulgação. Modelo do qual partem todas as suas parentas – das quais, por aqui, a Cuca parece ser a mais famosa –, de modo geral ela surge com o aspecto clássico da velha horrenda trajada de negro, o nariz comprido com verruga na ponta, olhos remelentos, vassoura em punho, o gato preto ao pé, o caldeirão fumegante etc. Esta, porém, é a bruxa clássica europeia. A nossa tem alguns adendos particulares desconhecidos da maioria das pessoas.

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Nem todos sabem, por exemplo, que a bruxa tem o poder de se transformar em coruja, morcego, ou mesmo em uma mariposa negra. Poucos de nós sabem, também, que a sétima filha de sete irmãs está fadada a ser bruxa. Também é parcamente sabido – especialmente nas regiões urbanas, lamentavelmente desinformadas destas questões transcendentes – que a bruxa tem o poder de se infiltrar nas menores frestas, não adiantando, por isso, passar a chave na porta sem meter algodão nas frinchas. Crianças de até sete anos que ainda não receberam o batismo são um dos alvos prediletos dessa criatura nojenta, pois ela adora sorver o sangue de bebê pagão.

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Segundo a crendice, há uma maneira infalível de se identificar uma bruxa: se ela cumprimentar sempre com a mão esquerda, podemos estar certos de se tratar de uma das concubinas do Diabo, mesmo que a criatura se apresente com uma adorável aparência. No norte do Brasil, não se diz bruxa, mas “feiticeira”, o que não diminui em nada a sua periculosidade. Felizmente, por lá, não acontecem os famosos sabiás noturnos, nos quais as bruxas, montadas nuas sobre vassouras, cruzam os céus, tendo ao fundo a silhueta prateada da lua. Para defender-se da bruxa, os estudiosos indicam uma série de talismãs. A estrela de cinco ou seis pontas, as palhas secas do Domingo de Ramos, postas em cruz, ou então um molho de fios, que a bruxa não pode deixar de contar antes de operar os seus males, são os mais lembrados. Muito útil, também, é espalhar facas ou tesouras abertas, além de punhados de sal, por toda a casa.

Relações com a Humanidade[]

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"As relações humanas, dizem os sociólogos, são pautadas por poderes simbólicos. Eles possuem grande influência na visão de mundo e na realidade das pessoas. As bruxas sempre foram e vão ser um elo entre mito e razão ou entre ficção e realidade, pois elas se encontram no campo do imaginário popular que é disseminado pela cultura e pelos costumes de um povo e que, sobretudo, estabelecem relação e consequências nas ações do pensamento humano.

Pesquisadores ávidos por suas buscas arqueológicas encontraram em cavernas símbolos e ilustrações que demonstram a adoração humana a deusas da fertilidade ainda no período neolítico. Desde o surgimento das primeiras civilizações, o homem buscava adorar deuses que mesclavam proteção, respeito e divindade. Talvez fosse uma maneira de confortar a busca por aquilo que não se compreendia ou aquilo que não existia e que se buscava uma resposta.

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Com o advento do Cristianismo e sua disseminação pelo mundo, o poder simbólico de muitas crenças, rituais ou costumes passaram a ser perseguidos e rotulados como heréticos e pecaminosos. O Cristianismo proliferou uma política em que existia uma cultura certa e uma cultura errada e, tão logo, a “verdade” deveria prevalecer sobre a “falsidade”.

As mulheres durante a Idade Média que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de enfermidades eram julgadas como hereges e pecadoras, pois, na concepção católica, elas tentavam enganar as leis divinas com rituais que iam contra os preceitos da Igreja Católica. Por isso, várias mulheres foram perseguidas e acusadas de feitiçaria ou bruxaria e, consequentemente, foram assassinadas pela prática de suas crendices e cultura.  

Na Idade Média, as bruxas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças, pois ninguém poderia mudar o curso divino das coisas se não fosse Deus. Juntamente com essa acusação, as bruxas eram acusadas de fazerem pactos demoníacos e realizarem coisas sobrenaturais, como voar pelos ares. Foi com esse imaginário simbólico que acusações foram legitimadas e várias mulheres foram mortas em diversas cidades da Europa até a chegada do Iluminismo."

Veja mais sobre "Bruxas e o Poder Simbólico" em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/bruxas.htm

Ilha da Magia[]

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Bruxas da Ilha da Magia por HET seguindo descrição de moradores do lugar

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O carinhoso, curioso e legítimo apelido dado a Florianópolis faz jus ao que ela mostra para os seus visitantes. Lugar com belezas naturais que encantam, mas em pouco tempo as pessoas vão percebendo o quanto de magia existe na ilha. Tanto que, grande parte de quem mora em Florianópolis veio visitar, se apaixonou e a escolheu como lugar para viver.

Mas qual é a real origem do apelido Ilha da Magia?

Na história de Florianópolis encontram-se vários mitos e lendas. Tem um rico folclore que, apesar do crescimento da cidade e hoje ter uma população cosmopolita, ainda é difundido pelos nativos, antigos moradores e por seus descendentes - e também cultivado e respeitado por quem escolheu a ilha como sua morada mais recentemente.

As lendas e personagens do folclore.

As Bruxas.

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Figura principal das lendas e entre as histórias mais comuns estão as de que elas assustavam os pescadores, escondiam seus barcos e brincavam com as suas tarrafas. Outras de suas travessuras era dar nós nas crinas e nos rabos dos cavalos.

Reza a lenda que uma bruxa é reconhecida por estender a mão esquerda para cumprimentar quando é apresentada a alguém. Há uma crença ainda atual de que, quem muda pra Florida deve pedir licença às bruxas, para assim prosperar e viver bem na ilha.

Bruxas Fadas[]

Bruxas Fadas

No Brasil a crença de bruxas mestiças vem de muito tempo atrás, essas classes aparecem em alguns contos dentro e fora da internet, acredita-se que Bruxas Fadas nascem de um Pai Bruxo e uma Mãe Fada. podendo ter um menino se for lua nova Um pai Fado e uma Mãe Bruxa terão um Bruxo Fado, mais na lua cheia podem ter uma menina. Elas são responsáveis por cuidar do meio ambiente, sempre estão apoiando a mãe natureza, a maioria de seus feitiços envolvem cuidado com a natureza.

Bruxas da Paraíba[]

As Bruxas são comuns a todos os lugares do globo. Na Paraíba não poderia ser diferente. São mulheres de feição horrenda, sempre parecendo muito velhas, que fizeram pacto com o diabo em troca de longevidade e poder. Podem utilizar de suas habilidades para melhorarem de aparência temporariamente. São maestrinas no que diz respeito a feitiços e poções, utilizando os mais horrendos ingredientes. O mais precioso deles são crianças não batizadas cujo sangue e gordura consistem nos itens mais poderosos. Vivem normalmente em cabanas de aparência abandonada no meio da mata ou em grutas distantes da civilização. Também se tem notícias de Bruxas que vivem em troncos ocos de grandes árvores mortas. A vida no entorno de seus covis é praticamente inexistente, exceto por vermes, insetos e outros animais peçonhentos.

Bruxas de Alagoas[]

Era dito por antigos moradores do Estado de Alagoas, que a região de Belo monte era um local com diversas bruxas, é que algumas vezes era possivel ver risadas delas e fogos em partes da mata, seriam as bruxas fazendo seus feitiços, dizem que essas bruxas mumificavam seus animais domesticos quando eles morriam

Bruxas Mariposas[]

Bruxa mariposa são bruxas que tiveram seu DNA misturado com de uma borboleta e podem se transformar em humanos e borboletas. existe muitos contos sobre essas bruxas, o mais conhecido é EGAN que fala sobre Elisabete, Gordeliu, Adeno e Naia que seriam quatro bruxas amigas de etnias diferentes da região sudeste do Brasil. cada uma nasceu a partir de um acontecimento no Brasil. Naia uma índia que nasceu no lado norte, representa a civilização indígena, Gordeliu uma negra que nasceu ao fim da escravidão, Elisabete uma mulher árabe que na imigração árabe do século 20 e Adeno uma menina da amarela que nasceu com as imigrações no Brasil

Mitos

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A superstição que associa essa mariposa a coisas ruins tem sido um fator de morte para milhares de indivíduos desta espécie, tornando o homem seu principal predador; muitos ainda as confundem com morcegos e também as matam por isso. Na América tropical a mariposa leva medo aos moradores de uma casa em que ela tenha entrado a voar por uma janela aberta, como prenúncio de morte; para algumas culturas nativas amazônicas estas borboletas são as almas de pessoas recentemente falecidas. No Brasil Câmara Cascudo leva a crer que a ideia de ser a mariposa crepuscular portadora da alma dos mortos teria surgido no Antigo Egito, onde o espírito deixava o corpo em forma de borboleta, havendo na Ásia Menor crença idêntica: após passar à Grécia e Roma e dali se espalhado pela Europa, só então chegaria às Américas. Cascudo ainda registra que, num auto transcrito em "Denunciações da Bahia", em denúncia formulada no dia 16 de agosto de 1591, "D. Lúcia de Melo acusa uma amiga de transformar-se em borboleta noturna". No Havaí também se crê que representam a alma dos falecidos, que retornam para se desperdirem; já nas Bahamas são referidas como "polillas de dinero", na crença de que se posar sobre alguém é sinal de que ela trará dinheiro à pessoa, algo bastante similar ao que se passa no Texas, onde o fato de uma dessas mariposas a pousar na frente da casa é sinal de que o dono em breve ganhará na loteria.

Borboleta

Mariposa

Ascalapha odorata (Linnaeus, 1758) é a única espécie de mariposa pertencente ao gênero Ascalapha, da família Arctiidae, popularmente conhecida no Brasil como Bruxa em virtude das cores sombrias de suas asas. Pode em sua fase larval ser considerada uma praga, alimentando-se de plantas como ingá e leguminosas .No folclore de vários países da América Latina está associada à morte ou à desgraça; mesmo seu nome científico traz uma remissão funesta, lembrando o demônio horticultor de Hades, deus dos infernos na mitologia grega, Ascálafo; nos Estados Unidos é denominada black witch (bruxa negra) e em nauatle tem denominações como mictlanpapalotl, micpapalotl, miquipapalotl ou tetzahupapalotl (significando respectivamente mariposa do país dos mortos, da morte, da má sorte ou do espanto).


Mariposa Ciumenta

Mariposa ciumenta ou Mariposas Ciumentas são bruxas filhas de uma mulher pagã com um homem catolico batizado em noite de lua cheia no periodo de quaresma, dizem que essas bruxas são envolvidas com a natureza e podem curar feridas fatais de qualquer pessoas e doenças inimaginaveis que as pessoas podem ter até no futuro. Dizem que elas nascem como bebês humanos e conformem crescem se transformam em mariposas, muitas delas acabam se tornando mãs e ciumentas caso se apaixonem ou se tornem amigas de alguém, mais o ciume e maldade delas podem ser destruidos se alguém justo lhe dê uma rosa branca no primeiro dia de primavera. Elas não são más naturalmente, é a maldição de origem dessa junção de pessoas tornam elas malditas, Mariposas ciumentas podem ser tanto homens como mulheres.

Bruxas Aquáticas[]

Bruxas Aquáticas são bruxas que se misturaram com seres aquáticas, acreditam que a Iara e a Cortaluna, além de sereia seja bruxa, elas são mais variadas que se pensa possui os mais diversos tipos no país.

Bruxas da Praia de Itaguaçu[]

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Diz a lenda que as bruxas da região queriam fazer uma linda festa aos moldes da alta sociedade. O local para o encontro festeiro seria a praia do Itaguaçu, em Florianópolis, o mais belo cenário da terra. Todos seriam convidados, os lobisomens, os vampiros e as mulas-sem-cabeça. Os mitos indígenas também compareceram, entre eles estavam os curupiras, os caiporas, os boitatás, e muitos outros. Em assembleia, as bruxas decidiram não convidar o diabo pela razão de seu imenso fedor de enxofre e pelas atitudes anti sociais, pois ele exige que todas as bruxas lhe beijem o rabo como forma de firmar seu poder debochadamente absoluto. A orgia se desenrolava, quando surge de surpresa o diabo que entre raios e trovões, raivosamente irritado pela atitude marginalizante das bruxas, as castiga, transformando-as em pedras grandes, que até hoje flutuam nas águas do mar verde e azul da praia do Itaguaçu.

Daí o nome do lugar na língua indígena: ITA = Pedra + GUAÇU = Grande

Esqueça as vassouras. Esses objetos serviram muito mais para varrer para debaixo do tapete uma história cruel de perseguição e morte de mulheres acusadas de feitiçaria do que para fazer voar para longe bruxas com chapéus pontudos. Algumas dessas mulheres, no entanto - a despeito de toda a ignorância de suas épocas - , voaram, e continuam alçando voos. Mas outras queimaram em fogueiras: puritanas, machistas e das vaidades, em suas mais variadas formas. E continuam queimando. As bruxas brasileiras seguem incomodando e resistindo. E essa coluna é sobre elas.

Bruxas da Ponte de Santos[]

Em alguns contos acreditam que a região de Santos e um lugar de encontro das bruxas, sendo a ponte daquele lugar o principal local de encontro entre as mesmas. Os feitiços nessa região sempre envolvem o Ar e a Agua.

Bruxas de Montes Claros[]

Montes Claros do Goiás

Alguns contos afirmam que as mulheres dessa cidade que não tiveram sidos tocadas por um homem antes dos 50 serão transformadas em Bruxas

Montes Claros de Minas Gerais

Alguns contos afirmam que as mulheres dessa cidade podem virar bruxa se tocarem em 30 pedras minerais de joias diferentes em 1 dia.

Bruxas de Recife[]

Poucos recifenses sabem que por estas terras já andaram muitas bruxas e feiticeiras. Muitas foram capturadas pela inquisição, mas outras continuaram livres para praticar seus sortilégios. Neste próximo sábado veremos os casos descritos como bruxaria, da Zona Norte da Cidade. Aquelas que mesmo séculos depois.


As Bruxas Condenadas ao Brasil[]

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Sob a luz de velas verdes, nua diante de um quadro negro onde havia pintado o rosto do Diabo, ela o invocava e o adorava. Feiticeira conhecida, Maria era requisitada para realizar casamentos e encontros desonestos. Com uma pequena pedra batizada em três pias de água benta, ela dava de beber à pessoa a qual pretendia enfeitiçar. Esposa de João Esteves, que partiu para Índia e nunca retornou, Maria Silva, mulher analfabeta de 40 anos, foi presa pela Inquisição de Lisboa em 1664. No primeiro interrogatório, questionada pelos inquisidores sobre a razão de estar presa, Maria não hesitou em dizer que “certamente era devido aos falsos testemunhos de seus inimigos”. Ao longo de todo o processo, ela negou as acusações, o que fez com que fosse conduzida pelo Santo Ofício à câmara de torturas. Desesperada, gritava pela Virgem dos Necessitados e pedia misericórdia. No auto-da-fé de 17 de agosto de 1664, ela foi condenada e expulsa de Portugal. Seu destino, o Brasil.

As informações do julgamento de Maria estão descritas no processo 7020, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, de Lisboa, e revelam um pouco da verdadeira história das bruxas. O relato faz parte de um período que ainda choca pela crueldade e pela institucionalização da tortura. A Inquisição era formada pelos tribunais da Igreja Católica, que perseguiam os suspeitos de heresia. Muito antes da condenação de Maria, o Santo Ofício já deixava sua marca. Ainda em 1231, o papa Gregório IX criou um órgão especial para investigar qualquer um que professasse práticas diferentes daquelas reconhecidas como cristãs. A Inquisição Medieval, entretanto, tinha penas mais leves - geralmente a excomunhão. A Inquisição era formada pelos tribunais da Igreja Católica, que perseguiam os suspeitos de heresia.

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Foi na Espanha, em 1478, que a versão moderna passou a funcionar com toda a força. As punições eram mais pesadas, e o alvo geralmente era os judeus. O Tribunal do Santo Ofício português foi criado oficialmente, a pedido do rei de Portugal, D. João III, em 1536. Mas ainda antes disso, as autoridades já convertiam à força ao catolicismo ou então expulsavam do país os ditos hereges. A forma como a coroa portuguesa punia aqueles que não cumpriam as normas sociais e religiosas da época está ligada à colonização do Brasil.


No brasão da Inquisição de Portugal o ramo de oliveira representa a “Misericórdia” e a espada, a “Justiça”. Criminosos do reino, escória da humanidade Em 1500, quando Pedro Álvares Cabral aportou no litoral baiano, além dos “descobridores” chegaram também os degredados. No livro “Vadios e ciganos, heréticos e bruxas: Os degredados no Brasil-Colônia”, Geraldo Pieroni traça as principais linhas do banimento ao Brasil. Segundo ele, os dois primeiros habitantes portugueses que, oficialmente, fixaram morada na Terra Brasilis foram dois expulsos do reino. Nas viagens de exploração, quando os conquistadores tinham dúvidas a respeito da hospitalidade dos habitantes de uma terra estranha, faziam desembarcar, primeiro, um condenado. Se fosse bem recebido, a conquista dos nativos e das terras era feita. Caso contrário, se fosse capturado e morto, isso significava, simplesmente, um criminoso a menos.

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O degredo, pena de desterro imposta judicialmente como castigo, foi uma prática muito utilizada, durante três séculos, em Portugal, pelo Antigo Regime. No Brasil, desde a chegada dos primeiros portugueses em 1500 até a independência em 1822, a forma de punição foi uma prática recorrente.

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INSTRUMENTOS DE TORTURA Os condenados pelo Santo Ofício eram submetidos a duras práticas de tortura. No livro “Instrumentos de tortura e punição”, publicado pela Câmara Municipal de Castro Marim, de Portugal, são descritos os principais instrumentos utilizados pela Santa Inquisição. Veja alguns deles:


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Emigração. Ocupação. Povoamento. ÚLTIMAS FOGUEIRAS, CRENÇAS A BORDO

Cerca de quinze anos depois da chegada de Cabral em Porto Seguro, acontecia a primeira expedição significativa em Santa Catarina, liderada pelo português Juan Dias Solis. Um bom tempo depois, em 1748, chegou ao Estado a primeira leva de açorianos. De 1749 a 1756, mais quatro transportes chegaram, com vários navios, que trouxeram cerca de 5 mil nativos açores para fixar moradia no litoral catarinense.

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Segundo o historiador Aluísio Lessa, autor de pesquisa sobre o degredo na formação da fronteira Sul da América Portuguesa (Colônia do Sacramento, Rio Grande de São Pedro e Ilha de Santa Catarina), a vinda dos açorianos está ligada a uma necessidade da coroa portuguesa de povoar a fronteira meridional do Brasil para garantir a posse desses domínios e também, ao mesmo tempo, solucionar o problema de superpovoamento das ilhas dos Açores:

— Nesse período ainda estava sendo efetivada a ocupação do Sul pelos portugueses, com as construções de fortalezas (como as de Silva Paes na Ilha de Santa Catarina) aliada a um projeto que visava trazer novos moradores, pois a região possuía uma população e uma economia ainda incipientes. Em termos de Brasil, ainda se vivia o auge da mineração nas Minas Gerais, e isto levou a um desenvolvimento e maior atenção da Coroa para toda a Região Centro-Sul, desde o Rio de Janeiro até a fronteira meridional, diante das ameaças de invasões estrangeiras, que cobiçavam toda essa riqueza que circulava por conta da mineração.

Apesar de não haver qualquer relação entre eles, além dos casais açorianos o Estado também recebia os banidos de Portugal. Entre ladrões, adúlteros e assassinos, cruzavam o atlântico mulheres acusadas de feitiçaria. Aluísio explica que, embora o auge dos degredos pelo tribunal da Inquisição tenha sido nos séculos anteriores, havia ainda durante o século XVIII a possibilidade de banimento por acusação de feitiçaria:

— Ainda que neste século essas condenações tivessem experimentado um progressivo processo de declínio, elas ainda existiam nesse período de chegada dos açorianos. É preciso deixar claro, no entanto, que esses casais enviados ao Sul do Brasil não tinham qualquer relação com o degredo e os degredados que eram enviados nesse mesmo período.

Origem. Mistura. Cultura. DE UMA ILHA A OUTRA, A BRUXA RESISTE

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Ainfluência dos tribunais da Inquisição e as crenças trazidas pelos europeus ajudaram a criar o imaginário da bruxaria em todo o Brasil, inclusive em Florianópolis. De acordo com o historiador e coordenador do Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e presidente da Comissão Catarinense de Folclore, Francisco do Vale Pereira, desde a Idade Média as pessoas que trabalhavam com ervas, orações, cantos, com atitudes diferentes dos costumes e modos de vida da sociedade da época, eram consideradas bruxas ou bruxos.

Esse imaginário não está ligado somente à construção do personagem da bruxa, mas também à mudança de cultura como um todo. Os açorianos trouxeram com eles os medos, receios e incertezas da mudança para uma terra desconhecida. Francisco explica que esses sentimentos se fortaleceram com tantas descobertas que tiveram que fazer: o conhecimento do tempo, das estações do ano, da capacidade do solo de produzir, da alimentação, etc. E ainda a falta de padres para atender às necessidades espirituais daquelas pessoas, que eram, e são, muito religiosas.

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— No Arquipélago dos Açores, ainda hoje, há muitas manifestações de eventos sísmicos, vendavais, tempestades, agitações do oceano, e tudo isso faz com que as pessoas se apeguem aos astros, às crenças e às forças divinas e sobrenaturais para acalmar a alma e o espírito — diz Francisco.

Entretanto, bem antes disso, os hábitos indígenas de práticas de curas com ervas nativas, danças, cantos, preparos de poções à base de areias, barro e veneno de animais peçonhentos contribuíram para a construção desse universo mágico.

— O hábito bruxólico, o ser bruxa, está conosco desde sempre, uma vez com os indígenas, e depois incorporado dos hábitos trazidos pelos que vieram para o território. Temos que destacar que muitos costumes chamados “bruxólicos” vieram para cá com os africanos trazidos para essas terras. Portanto, desde a vinda de expedições com europeus houve a chegada e mistura de conhecimentos e práticas de cura, que para muitos são bruxaria — explica.

Referencias[]

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/5-mulheres-que-foram-acusadas-e-mortas-por-bruxaria-no-brasil.phtml


https://www.recifemalassombrado.com/?fbclid=IwAR1euUBnnUDT0PdyvsT0PTY4t4viioG2_3-CBKQlMLF8SV9z2IVCYlf5XYI

https://portodailha.com.br/site/lendas-de-florianopolis-as-bruxas-de-itaguacu/

https://vivacoqueiros.com/bruxas-de-itaguacu-a-lenda/

https://vivacoqueiros.com/bruxas-de-itaguacu-a-lenda/

https://guia.melhoresdestinos.com.br/praia-de-itaquanduba-e-praia-do-itaguacu-229-6298-l.html

https://www.google.com/search?q=praia+de+itagua%C3%A7u&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwixgfzL3enyAhUHrJUCHRsGCl0Q_AUoAnoECAEQBA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_do_Itagua%C3%A7u_(Ilhabela)

https://guia.melhoresdestinos.com.br/praia-de-itaquanduba-e-praia-do-itaguacu-229-6298-l.html

https://www.pousadadomuseu.com.br/blog/71-florianopolis-e-chamada-de-ilha-da-magia-voce-sabe-por-que

https://faunanews.com.br/2020/05/20/verdades-e-lendas-da-mariposa-bruxa/

https://pt.babbel.com/pt/magazine/dia-das-bruxas-e-fantasmas-alemaes-do-onde-vieram/

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https://recortelirico.com.br/2020/06/bruxaria-teve-d-p-a-s-o-s-fada-manu/

https://www.nsctotal.com.br/especiais/verdadeira-historia-bruxas-brasil-florianopolis

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