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Bunyip 1848

Desenho de um bunyip por um aborígine da região do rio Murray, em 1848

Bunyipaboriginal

Concepção aborígine do bunyip em selo australiano de 1994, desenho de Toogarr Morrison. Este bunyip, semi-humanóide, tem uma cauda achatada para golpear a água e atrair curiosos para a perdição

Bunyipnaturespirit

Concepção folclórica do bunyip em selo australiano de 1994, desenho de David Lancashire que procura reproduzir a imagem do bunyip entre os colonos, semelhante a uma gárgula européia

Bunyipnaturalhistory

Concepção científica do bunyip em selo australiano de 1994, desenho de Marg Towt que representa uma especulação criptozoológica baseada em relatos de exploradores

Bunyipberkeley

Concepção literária do bunyip em selo australiano de 1994, desenho de Ron Brooks para um popular livro infantil australiano

O bunyip é uma classe de monstros das lendas e tradições dos aborígines australianos, conhecido também por vários nomes regionais. É descrito como uma criatura grande, escura e peluda com braços longos e enormes garras nas mãos. Habita águas interiores, pântanos e billabongs (poças de água estagnada formadas no leito de rios que só enchem em períodos de chuva) e devora qualquer criatura que entre em seu domínio, inclusive humanos.

Mesmo os filhotes são perigosos: se um deles for capturado por qualquer razão, sua mãe emitirá o mais terrível dos uivos, fará as águas subirem e inundarem as habitações dos humanos para encontrar seu filho. Nenhum lugar é seguro ante tal inundação; mesmo que se suba a uma colina, as águas subirão até ultrapassá-la. Quaisquer humanos atingidos pela água transformam-se em cisnes negros.

A aparência exata do bunyip nunca foi estabelecida pela tradição e suas representações por artistas australianos, aborígenes ou não, são extremamente variadas. Entre os traços mais freqüentes estão caudas de cavalo, barbatanas e presas como as de uma morsa.

Explicações do mito[]

No século XIX, era comum entre os colonos da Austrália a idéia de que o bunyip era um animal real, ainda não descoberto. A falta de familiaridade dos europeus com a fauna exótica do continente e com os sons que produz ajudaram a alimentar a lenda. Em 1846, a descoberta de um crânio estranho (depois considerado como de um cavalo ou bezerro deformado) convenceu a muitos da realidade do bunyip e multiplicou os relatos de pessoas que diziam ter ouvido uivos perto de alguma lagoa ou visto formas escuras sob as águas e os esforços de exploradores que procuravam provas da existência do monstro, até que todo o continente foi detalhadamente explorado. Hoje, "Why search for the bunyip?" ("Por que procurar o bunyip?") é uma expressão idiomática australiana para se referir a um empreendimento impossível.

Especulações de criptozoologistas sugerem que o bunyip é a recordação transformada em mito de um animal grande e real que foi encontrado pelos primeiros aborígines a habitar o continente, por volta de 50.000 a.C., e depois se extinguiu, possivelmente o Diprotodon optatum, cujos fósseis são às vezes considerados pelos aborígines como "ossos de bunyip". Outros animais extintos que possivelmente coexistiram com os aborígines e poderiam ter inspirado o mito são o Procoptodon, animal semelhante ao canguru, mas de rosto redondo e com braços grandes, que podiam ser levantados acima da cabeça, e o crocodilo terrestre Quinkana.

Os gritos e uivos atribuídos ao bunyip por colonos ocidentais podem ser produzidos por vários mamíferos e aves, incluindo o gambá, o koala, o socó australiano (Botaurus poiciloptilus) e o alcaravão ou téu-téu australiano (Burhinus grallarius), que podem ser encontrados perto de lagos e pântanos, emitem sons assustadores e surpreendentes para seu tamanho. A coruja-ladradora (Ninox connivens), que também vive nesse ambiente faz sons que lembram uma mulher ou criança chorando, também foi responsabilizada por muitos desses sons.

Em regiões como a da bacia do rio Murray-Darling, a explicação mais provável para o bunyip é o leão-marinho australiano (Arctocephalus pusillus), que freqüentemente nadam rio acima durante as cheias e ficam presos nos billabongs quando as águas baixam. Muitos desses animais foram encontrados e capturados no interior, tão ao norte e longe do mar quanto em Canberra, perto de áreas onde se disse ter sido visto ou ouvido um bunyip.

Referências[]

https://mbasic.facebook.com/photo.php?fbid=128126164037466&id=121181151398634&set=a.121191861397563&refid=13&__tn__=%2B%3E

  • Carol Rose, Giants, Monsters & Dragons, New York: Norton, 2001
  • Wikipedia (em inglês): Bunyip [1]

Veja também[]

Ipupiara

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