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Capelobo1

O capelobo (forma semi-humana), na interpretação do artista Walmor Corrêa

O capelobo ou cainamé, também chamado cupelobo, pertence ao folclore do Pará e do Maranhão. O nome parece ser uma fusão indígena-português: capê (osso quebrado, torto ou aleijado) + lobo. A lenda lhe dá características de licantropo e, às vezes, também de vampiro. Acredita-se que quando um índio fica muito velho ao invés de morrer, se transforma num Capelobo.

Pode aparecer em duas formas.

  • Na forma animal, é do tamanho de uma anta, mas é mais veloz. Apresenta um focinho descrito como de cão, anta, porco ou tamanduá e tem uma longa crina. Peludo e muito feio, sempre perambula pelos campos, especialmente em várzeas.
  • Na forma semi-humana, aparece com um corpo humano forte com focinho de tamanduá ou de anta, patas redondas (formato fundo de garrafa), muito rápido e veloz .
Mylohyus

O Mylohyus nasutus, suíno selvagem extinto (até 7.000 a.C.) da América do Norte, assemelhava-se a algumas descrições do Capelobo na forma animal. Tinha cerca de 90 cm de altura, 1,60 m de comprimento e pesava 85 kg

Segundo Câmara Cascudo (Geografia dos Mitos Brasileiros, “Ciclo dos Monstros”) é um animal fantástico, de corpo humano e focinho de anta ou de tamanduá, que sai à noite para rondar os acampamentos e barracões no interior do Maranhão e Pará. Denuncia-se pelos gritos e tem o pé em forma de fundo de garrafa. Mata cães e gatos recém-nascidos para devorar. Encontrando bicho de porte ou caçador, rasga-lhe a carótida e bebe o sangue. Quando sai para caçar, emite rugidos altos, que se multiplicam por todas as direções, confundindo os caçadores. Quando se encontra com um ser humano, ele o abraça, perfura o crânio na região mais alta, introduz a ponta do focinho no orifício e sorve toda a massa cefálica, Só pode ser morto com um tiro na região umbilical. É o lobisomem dos índios, dizem.

Segundo S. Fróis Abreu (Na Terra das Palmeiras, 188-189, Rio de Janeiro, 1931): “Acreditam que nas matas do Maranhão, principalmente nas do Pindará, existe um bicho feroz chamado cupelobo... Um índio timbira andando nas matas do Pindará chegara a ver um desses animais que dão gritos medonhos e deixam um rastro redondo, como fundo de garrafa. O misterioso animal tem corpo de homem coberto de longos pêlos; a cabeça é igual à do tamanduá-bandeira e o casco com fundo de garrafa. Quando encontra um ser humano, abraça-o, trepana o crânio na região mais alta, introduz a ponta do focinho no orifício e sorve toda a massa cefálica: 'Supa o miolo', disse o índio.”

Já segundo Lendas do Maranhão, de Carlos de Lima, o capelobo parece-se com a anta, mas é mais ligeiro do que ela, e tem cabelos longos e negros e as patas redondas. Sua caçada é feita à noite, quando sai em busca de animais recém-nascidos para satisfação de sua fome inesgotável. Se apanha qualquer ser vivente, homem ou animal, bebe-lhe o sangue com a sofreguidão dos sedentos.

Dando gritos horríveis para apavorar os que encontra, que, paralisados de medo, têm o miolo sugado até o fim através da espécie de tromba que ele introduz no crânio da pobre vítima. Esses gritos, que no meio da mata se multiplicam em todas as direções, desnorteiam os caçadores e mateiros que assim vagam perdidos, chegando, às vezes, a enlouquecer.

Cainamé de Thais Camara[]

Monstro Mágico bípede, com pés que terminam em cascos de boi, garras de aguias, cabeça de tamanduá e corpo peludo. Somente vistos por aqueles que possuem magia, esses seres se alimentam de emoções, retirando de suas vitimas pouco a pouco a votade de viver. São os guardas da prisão mágica brasileira, localizada na ilha de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Muitos presos chegam a cometer suicidio após exposição prolongada a esses seres. Podem ser controlados apenas por abapajés que possuem um dominio excepcional de sua mente e de sua emoções, sendo este o motivo pelo a qual a seleção para o cargo de Abapajé Vigilante, oficiais que mantêm a ordem na prisão paieaíba, ser extremamente complexa.

Galeria[]

Referências[]

RODRIGUES, Guilherme Cassiano Contos e Lendas de um Brasil Brasileiro 2° ed Pernambuco 1998

https://mbasic.facebook.com/photo.php?fbid=127619884088094&id=121181151398634&set=a.121191861397563&refid=13&__tn__=%2B%3E

Brasil Folclore [1]

Portal Folclore [2]

Recanto das Letras [3]

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