Ting Bo Fang, Ting Fang, Fang Bo Ting,Katarina Fang, Catarina Fang ou simplesmente Mulher do Chá é uma figura feminina que sempre aparece em historias e cordéis do cultivo de chá no Brasil. Segundo os cordéis que falam sobre a personagem sua lenda Teria surgido durante a uma Imigração chinesa não oficial que teve início em 1812 E 1813, período em que Dom João VI trouxe, de Macau, mais de duzentos chineses para estado Brasileiro. A lenda foi criada para explicar o sumiço dos imigrantes e colônias chinesas daquele período, Alguns contos relatam que ela seria uma fusão de todas as mulheres chinesas de uma colônia que ficava localizada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
E que o seu leque seria a junção de todos os homens, as mulheres de todas as idades viraram Catarina Fang e os homens o seu leque protetor, basicamente a tornando um tipo de ser ou entidade cósmica semelhante a deuses. Tanto que muitos cordéis afirmam que o leque fala justamente por conta disso. Anda sempre com um leque de cores vermelho e amarelo em suas mão, dizem que ela usa isso para afastar as pragas das ortas de cultivos de ervas. Acontece que tempos depois do sumiço desse grupos de chineses, um parlamentar da corte inglesa denunciou, no ano de 1834, que um grupo de imigrantes chineses havia sido largado nas florestas nos arredores da cidade para ser caçado, por diversão, por caçadores de homens, auxiliados por cães e cavalos. Entre esses caçadores, estaria o príncipe Dom Miguel I o Absolutista. Pode-se se dizer que a lenda em si foi criada para confortar os famílias que teriam perdido seus parentes nessas caçadas.
Aparência[]
Sua descrição nos cordéis e historias, em que ela aparece. É de uma mulher chinesa com capacidade de aumentar seu corpo e sua altura, descrevem ela também habilidades de esticar seus braços. O que a ajuda bastante na hora de cultivar as ervas que ela precise. É dito que ela costuma cantarola, enquanto cultiva suas plantas. Alguns acreditam que seu canto é mágico e melhora ate o sabor das ervas, que serão preparadas para vira chá. Versões mais atuais da personagem a coloca sem camisa de manga comprida e com um cinto preto enorme sobre seu vestido.
sempre anda na companhia de seu gato preto de olhos verdes esmeraldas.
Conto[]
Era o início do século XIX, e o Brasil estava em um momento de transformação. Entre 1812 e 1813, Dom João VI, em uma de suas decisões estratégicas para o desenvolvimento da colônia, trouxe de Macau mais de duzentos chineses para o estado do Rio de Janeiro. A ideia era que esses imigrantes contribuíssem com seu conhecimento em horticultura e cultivo de ervas no Jardim Botânico, um dos grandes projetos do príncipe-regente.
Os chineses chegaram em terras brasileiras, instalaram-se na colônia no Jardim Botânico, e ali começaram a plantar e a compartilhar seu saber. Entre eles, destacava-se uma jovem mulher chamada Catarina Fang. Catarina, assim como os outros imigrantes, era uma mulher sábia e dedicada, conhecida por sua habilidade com as plantas e por um leque de cores vermelho e amarelo que sempre carregava consigo.
Com o passar do tempo, a colônia começou a desaparecer misteriosamente. Os habitantes do Rio de Janeiro, perplexos, não conseguiam entender o que estava acontecendo. Rumores se espalharam, e uma lenda começou a tomar forma: diziam que Catarina Fang não havia desaparecido como os outros, mas que ela, de alguma forma, se tornara uma entidade sobrenatural, uma fusão de todas as mulheres chinesas da colônia. A lenda narrava que, em um momento de desespero coletivo, Catarina havia feito um pacto com forças cósmicas, transformando-se em uma figura poderosa, protetora de seu povo. Todos os homens da colônia, por sua vez, teriam sido transformados no leque que ela carregava, imbuído de vida e força, capaz de afastar qualquer mal que se aproximasse.
Catarina Fang, agora uma entidade quase divina, vagava pelo Jardim Botânico com seu leque falante, cuidando das hortas e afastando as pragas que ameaçavam as colheitas. O leque, nas cores vermelho e amarelo, era um símbolo de proteção, e muitos acreditavam que suas palavras eram a voz de todos os homens que haviam sido sacrificados.
Entretanto, a verdade por trás do desaparecimento dos imigrantes era sombria. Em 1834, um parlamentar da corte inglesa revelou um segredo aterrorizante: os imigrantes chineses haviam sido capturados e largados nas florestas ao redor da cidade do Rio de Janeiro. Lá, eles foram caçados por caçadores de homens, auxiliados por cães e cavalos. Entre esses caçadores, dizia-se que estava o próprio príncipe Dom Miguel I, conhecido por sua brutalidade.
A lenda de Catarina Fang foi, então, moldada para dar algum conforto às famílias que perderam seus entes queridos nessas caçadas cruéis. Era mais fácil acreditar que os desaparecidos haviam se tornado parte de uma entidade protetora do que aceitar a terrível realidade de que foram vítimas de uma caçada desumana. Assim, Catarina Fang e seu leque protetor tornaram-se um símbolo de resistência, justiça e memória, preservando a história de um povo que foi cruelmente apagado, mas cuja força continuava a ecoar pelas florestas e jardins do Rio de Janeiro.
Historia[]
No século XIX, durante o reinado de Dom João VI, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro fervilhava de vida. Naquela época, um grupo de imigrantes chineses havia sido trazido ao Brasil para cultivar chá, uma bebida exótica que o rei desejava popularizar na colônia. Entre eles estava Catarina Fang, uma jovem guerreira que, embora pequena em estatura, possuía uma força e habilidade incomuns.
Catarina era conhecida por sua maestria na arte do chá. Cada folha que tocava parecia ganhar vida em suas mãos. Mas não era apenas isso que a diferenciava dos outros. Catarina Fang possuía um dom raro, concedido pelos espíritos ancestrais de sua terra natal: a habilidade de esticar o corpo como o bambu, moldando-se às necessidades do momento.
As noites no Jardim Botânico eram tranquilas, mas havia um murmúrio constante entre os trabalhadores. Eles sabiam que Dom João VI via o cultivo do chá como um experimento, e que seus capatazes eram impiedosos. Um erro, uma folha mal escolhida, e a punição era certa. O medo permeava o ar, mas Catarina encontrava consolo na meditação e no preparo do chá, uma tradição que a conectava com suas raízes.
Certa noite, enquanto a lua cheia iluminava as folhas de chá, um silêncio mortal caiu sobre o jardim. Catarina estava no meio de sua meditação quando ouviu gritos distantes. O cheiro de sangue logo se misturou ao aroma das plantas. O rei, desconfiado do fracasso iminente do cultivo, ordenara uma chacina para eliminar os "ineficientes". A maioria dos imigrantes, pegos de surpresa, não teve chance de escapar.
Mas Catarina, com seus sentidos aguçados, percebeu o perigo antes que ele a alcançasse. Usando sua habilidade, ela se esticou, moldando-se às sombras das árvores e galhos. Observou, com o coração apertado, seus companheiros sendo caçados como animais. Sua raiva fervia, mas sabia que não era o momento para atacar. Ela precisava sobreviver, para honrar aqueles que morreram.
Na escuridão da floresta, Catarina se escondeu entre as folhas e troncos. Quando os capatazes passaram, acreditando que haviam eliminado todos, Catarina finalmente se moveu. Ela vagou por horas, sua mente um turbilhão de dor e vingança, até encontrar um pequeno riacho escondido. Lá, começou a preparar um chá, como fazia todos os dias. Mas desta vez, o chá seria diferente.
Ela misturou as folhas com as ervas da floresta, infundindo o líquido com sua dor e determinação. O chá, ao ser bebido, conectava-a ainda mais ao seu dom, fortalecendo sua habilidade de se esticar além dos limites humanos. A cada gole, seu corpo se tornava mais flexível, mais forte. Ela não seria mais uma presa.
Catarina sabia que não poderia confrontar os capatazes de imediato. Precisava de tempo para aprimorar suas habilidades e encontrar os pontos fracos de seus inimigos. Durante semanas, treinou silenciosamente na floresta, esticando seu corpo até alturas inacreditáveis, movendo-se entre os galhos como uma serpente, e aperfeiçoando sua técnica no preparo de chás mágicos.
Quando finalmente retornou ao jardim, o lugar estava deserto, exceto pelos fantasmas daqueles que perderam suas vidas. Catarina, agora uma com as plantas, jurou proteger o Jardim Botânico, não como uma simples cultivadora, mas como uma guerreira. Os capatazes, ao retornarem, começaram a desaparecer misteriosamente. Nenhum homem armado era páreo para uma guerreira que se movia como o vento e atacava como um espírito vingador.
A lenda de Catarina Fang, a guerreira que se esticava como bambu e fazia chás que encantavam e destruíam, espalhou-se entre os poucos que sabiam da verdade. E embora Dom João VI nunca tenha conseguido estabelecer o cultivo de chá no Brasil, o nome de Catarina viveu, sussurrado pelas árvores e pela brisa do Jardim Botânico, onde, até hoje, alguns dizem que o aroma de chá ainda pode ser sentido ao cair da noite.
Habilidades[]
Além de sua capacidade de esticar partes do seu corpo, dizem que ela pode controlar a natureza, fazendo com que o chá fica mais próximo da colheita. Em seu cinto existe três porções que ajuda no crescimento das ervas sem prejudicar a natureza. Pessoas que se encontraram com a Mulher disseram que ela era boa moça, é sempre oferecia chã para pessoas muito cansadas.
Poderes[]
- Eslasticidade - Capacidade de esticar
- Leque Magico - Energia cosmica
Galeria[]
Referências[]
Causos de Cordel
Blog.Lendas e Causos Desconhecido.
FERNANDES, Karina Nakamoto, Varios Autores Lendas de Asiáticos no Brasil. ed 23 Santa Catarina :Independente1982.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_VI_de_Portugal