Na teogonia tupi, Catiti é a lua nova, uma das ajudantes de Rudá, o deus do amor. Junto com Cairé (a lua cheia) tem a missão de provocar saudade no coração do amante ausente, fazendo-o retornar para a tribo após suas peregrinações.
Couto de Magalhães, em O selvagem, registra esta invocação feita à Catiti:
Lua nova, lua nova
Assoprai em fulano lembrança de mim
Eis-me aqui
Estou em vossa presença
Fazei com que eu tão-somente ocupe o seu coração
Referência[]
- Luís da Câmara Cascudo. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1954
- Couto de Magalhães. O selvagem. Rio de Janeiro, Tip. da Reforma, 1873, parte 2, p.123, 139-146
- Osvaldo Orico. Mitos ameríndios e crendices amazônicas. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira; Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1975 (Retratos do Brasil, 93), p.247-249