Fantastipedia
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Emília é uma personagem criada autor Monteiro Lobato, que atualmente está em domínio publico o que a torna parte do folclore nacional. Ela é a boneca de Narizinho. Foi feita de pano por Tia Nastácia. Espevitada e atrevida, ganha o dom da fala ao engolir uma pílula falante do Doutor Caramujo. é uma das principais personagens da obra infantil de Monteiro Lobato. Lobato travara contato com as ideias pedagógicas de Anísio Teixeira, e por elas se entusiasmara. Torna-se grande amigo do educador baiano, e há sérias razões para se acreditar que a personagem nada mais era que uma brincadeira entre ambos - já que "Emília" era como se chamava a esposa do pedagogo.

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Diversos bonecos falantes permeiam a literatura infantil, desde Pinóquio. Sem dúvida, a literatura de L. Frank Baum deve ter influenciado Lobato, como todos aqueles que lhe foram pósteros e se aventuraram na escrita infantil. O Espantalho e até mesmo "The Patchwork Girl of Oz" certamente foram bases sobres as quais nasceu Emília.

Uma boneca em especial existe no conto russo "A Bela Vasilissa". A personagem título do conto é possuidora de uma boneca abençoada por sua mãe, que ganha vida ao ser alimentada. Quando a menina acaba prisioneira da bruxa Babayaga, a pequena boneca a ajuda a executar os trabalhos impostos pela feiticeira, e mais tarde a ajuda a escapar, pois a feiticeira tinha aversão a objetos e pessoas abençoados. Curiosamente, a personagem Vasilissa, assim como Narizinho também se casa com um rei ao final do conto. Desde sua criação, em "A Menina do Narizinho Arrebitado", livro publicado em 1920, Emília mereceu diversas representações por grandes ilustradores, no Brasil e no exterior - pesquisados por Camilla Cerqueira

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César e Cecília Reggiani Lopes. Durante inúmeras versões do Sítio do Picapau-amarelo para a televisão, a personagem Emília já foi interpretada por Lúcia Lambertini nas versões feitas do Sitío do Picapau Amarelo pela extinta TV Tupi (de 1951 a 1962) e pela TV Cultura (1964) e Dulce Margarida; por Zodja Pereira na versão feita pela Rede Bandeirantes (1967 a 1969); por Dirce Migliaccio (em 1977), Reny de Oliveira (em 1978 a 1983) e Suzana Abranches (de 1983 a 1986), na versão feita da obra infanto-juvenil de Monteiro Lobato, realizada pela Rede Globo; e por Isabelle Drummond (de 2001 a 2006) e Tatyane Goulart (2007), na versão produzida também pela Rede Globo. Em dois momentos o Governo Federal "adotou" os personagens lobatianos. Passando pela ilustração de Gian Calvi, em 1973, nos selos em bloco comemorativo da obra de Lobato, em que uma Emília simplista entrega flores ao Lobato. Esta imagem é utilizada, também, no carimbo comemorativo ao 1º dia de lançamento, usado em Taubaté, São Paulo e Rio de Janeiro. Chega-se às imagens que foram cunhadas por Ely Barbosa - e modificadas até chegarem no modelo atualmente divulgado - em "cartilhas" do programa "Fome Zero"[7]

Trama[]

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Emília, na trama criada por Lobato, foi feita por Tia Nastácia para a menina Narizinho. Nasceu muda e é curada pelo dr. Caramujo que lhe receitou uma "pílula falante" e a boneca desembesta a falar: "Estou com um horrível gosto de sapo na boca!". Narizinho, preocupada, pediu ao "doutor" que a fizesse vomitar aquela pílula e engolir uma mais fraquinha, mas Caramujo explicou que aquilo era "fala recolhida" e que não poderia mais ficar "entalada". Ela é conhecida por volta e meia "abrir sua torneirinha de asneiras", principalmente quando quer explicar algo de difícil explicação ou justificar uma ação ou vontade. Além de falar muito, também costuma trocar os nomes de coisas ou pessoas por versões com sonoridade semelhante. Emília é uma boneca de pano, recheada de macela. Em muitas histórias, ela troca de vestido, é consertada ou é recheada novamente. Narizinho também faz e refaz suas sobrancelhas (segundo Reinações de Narizinho) e seus olhos (que são de retrós e por isso arrebentam se Emília os arregala demais). Ela é capaz de andar e se movimentar livremente, porém muitas vezes é tratada por Narizinho como uma boneca comum e é "enfiada no bolso". Por ser uma boneca, embora evolua e vire gente, Emília pode cometer impunemente pecados infantis como birra, malcriação, egoísmo, teimosia e espertezas. Diz o que pensa e quando leva bronca, finge que não é com ela. Não teme nada, apronta todas e é cheia de vontades. Em A reforma da natureza, ela inventa o "livro comestível": "(...) Em vez de impressos em papel de madeira, que só é comestível para o caruncho, eu farei os livros impressos em um papel fabricado de trigo e muito bem temperado. (...) O leitor vai lendo o livro e comendo as folhas, lê uma, rasga-a e come. Quando chega ao fim da leitura, está almoçado ou jantado." Através da boneca Lobato expressa a ideia de leitura prazerosa. Livre de obrigações sociais impostas pela educação à criança, é ela quem melhor se define: quando Visconde lhe perguntou que criatura ela era, respondeu: "Sou a independência ou Morte". Dentro das histórias do "Sítio", Emília foi biografada pelo Visconde de Sabugosa. Todo cheio de conhecimento enciclopédico, ele aproveita para dizer umas verdades sobre a boneca: "Emília é uma tirana sem coração. (...) Também é a criatura mais interesseira do mundo. (...) Só pensa em si, na vidinha dela, nos brinquedos dela".

Referencias[]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Emília_(personagem)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Reinações_de_Narizinho

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sítio_do_Picapau_Amarelo

http://bethccruz.blogspot.com/2009/03/toda-turma-do-sitio-do-picapau-amarelo.html