Ponta de alabarda suíça
A alabarda (halberd, halbert ou Swiss voulge em inglês) é uma arma composta por uma haste longa rematada por uma peça pontiaguda de ferro, atravessada por uma lâmina de machado com um gancho ou esporão na sua traseira. Tem, portanto, tripla função: pode estocar com a ponta como se fosse lança, cortar com a lâmina como machado ou agarrar combatentes montados com o gancho ou esporão. Além disso, as alabardas eram reforçadas com anéis de metal ao longo da haste, tornando-as mais eficazes para bloquear espadas e outras armas. O comprimento total da arma costuma ser de aproximadamente dois metros.
A alabarda era a principal arma dos exércitos mercenários suíços no século XIV e início do século XV e ainda é usada cerimonialmente pela Guarda Suíça do Vaticano. Mais tarde, os suíços acrescentaram o pique para repelir com mais eficiência o ataque de cavaleiros e romper formações de infantaria inimigas, enquanto a alabarda, a espada bastarda e a adaga conhecida como Schweizerdolch eram usadas para combate corpo-a-corpo. Os Landsknechts alemães, que imitaram as táticas suíças, também usaram a alabarda suplementada pelo pique, mas sua arma favorita para o combate corpo-a-corpo era a Katzbalger.
O uso do pique e da alabarda, antes mesmo da generalização do uso de armas de fogo, encerrou a era da hegemonia da cavalaria nos campos de batalha europeus. Os exércitos de soldados a pé, relegados a papel secundário desde o fim do Império Romano, voltaram a ser decisivos. Isso também colaborou para o enfraquecimento da nobreza feudal, a ascensão da burguesia e a centralização do poder nas mãos de soberanos capazes de financiar grandes exércitos de mercenários plebeus. Foi uma alabarda, nas mãos de um camponês suíço, que matou o duque de Borgonha, Carlos, o Temerário.
Sargentina[]
Espontão e Sargentina, séculos XVIII/XIX. Acervo do Museu Histórico Nacional
A alabarda deixou de ser usada como arma prática no início do século XVIII, quando os arcabuzes e mosquetes de pederneira se tornaram comuns. Entretanto, continuou a ser usado por sargentos de infantaria, como insígnia de posto e arma de defesa, até a primeira metade do século XIX. Nessa função, era chamada também de "sargentina".