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Segundo Câmara Cascudo [1], mães-d'água (forma popular), iaras (forma convencional e literária, de yara, "senhora", em tupi) Yiaras, y-iaras ou uiaras (outra forma literária, de yg, "água" e yara) são nomes dados no Brasil a fidelidade do nome vem decompões do mundo de tipo europeu, meio peixes, que frequentemente, como sua contraparte europeia, são alvas e louras e cantam para atrair o namorado e demais homens, que morre afogado querendo acompanhá-la ao fundo das águas. Ela é uma das criaturas mais populares do folclore brasileiro junto com Curupira e Saci no Brasil. A lenda da Iara diz que índia foi salva pelos peixes e como era noite de lua cheia, ela foi transformada em sereia. Atualmente, a lenda da Iara é representada por uma bela sereia que atrai homens com o seu irresistível canto para o fundo dos rios, local de onde eles não voltam nunca mais.

Reza a lenda que os homens que conseguem retornar à superfície ficam em completo estado de loucura, no qual somente um pajé é capaz de desfazer o feitiço.

Antes de atrair os homens para a “emboscada”, a sereia Iara passa a maior parte do seu tempo sentada sobre as pedras, admirando a própria beleza refletida nas águas, além de pentear seus cabelos e brincar com os peixes.

Embora tenha origem na região amazônica, a lenda da Iara é conhecida em todo as regiões brasileiras e, dependendo da região, seus aspectos físicos, como olhos e cabelos podem adquirir novas formas e cores. A lenda da Iara diz que índia foi salva pelos peixes e como era noite de lua cheia, ela foi transformada em sereia. Atualmente, a lenda da Iara é representada por uma bela sereia que atrai homens com o seu irresistível canto para o fundo dos rios, local de onde eles não voltam nunca mais.

Reza a lenda que os homens que conseguem retornar à superfície ficam em completo estado de loucura, no qual somente um pajé é capaz de desfazer o feitiço.

Antes de atrair os homens para a “emboscada”, a sereia Iara passa a maior parte do seu tempo sentada sobre as pedras, admirando a própria beleza refletida nas águas, além de pentear seus cabelos e brincar com os peixes.

Embora tenha origem na região amazônica, a lenda da Iara é conhecida em todo as regiões brasileiras e, dependendo da região, seus aspectos físicos, como olhos e cabelos podem adquirir novas formas e cores.

Sereia Folclórica[]

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Ela é uma sereia que faz parte do folclore brasileiro, sendo conhecida por sua grande beleza, voz encantadora e riquezas. Ela é parte mulher e parte peixe e é conhecida por seduzir homens que estão nas margens dos rios, levando-os para debaixo d’água.

A lenda da Iara foi criada pelo povo tupi-guarani mesclada ao que foi trazido pelos portugueses. Eles contam a história de uma poderosa índia que, antes de virar sereia, vivia em uma tribo junto com a sua família, esbanjando beleza por onde passava. Iara era tão bela que causava inveja em muitas pessoas, inclusive, em seus irmãos que, inconformados com isso, queriam matar a índia e desaparecer com o corpo.

Em uma noite qualquer, eles chamaram a irmã para executar o plano, mas chegando no local foram surpreendidos com a força da índia guerreira, que conseguiu escapar da armadilha e reverteu a situação praticando o crime contra eles.

Com medo de que seu pai, o pajé (chefe religioso da tribo) da tribo, descobrisse e aplicasse um castigo, ela fugiu, mas foi descoberta. Assim, seu pai a lançou no Rio Negro e Solimões como forma de punição por ter matado os seus irmãos.

Variação da história[]

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Comumente descrita como uma jovem de olhos castanhos e longos cabelos pretos, Iara era filha do pajé de sua aldeia, segundo narra o folclore. Herdeira de um grande poder, a jovem ainda era uma guerreira excepcional.

Dona de tamanha força, Iara vivia sob a constante inveja dos irmãos, que queriam ser como ela. Um dia, então, eles se uniram contra a garota, a fim de destruí-la. Em sua defesa, a jovem matou cada um dos irmãos durante a trágica batalha.

Mesmo vencedora, Iara temeu a fúria de seu pai e, por isso, tentou fugir, mas acabou capturada e jogada em um rio pelo próprio pajé. Já nas águas amazonenses, ela foi acolhida pelos peixes e, em uma noite de lua cheia, transformou-se em uma sereia.

Estrutura[]

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A Iara é uma figura mítica do folclore brasileiro, também conhecida como "Mãe d'Água". Ela é uma personagem da lenda do folclore brasileiro que fala de uma sereia, dona de uma grande beleza, de uma bela voz e de muitas riquezas. A Iara reside no fundo dos rios, utilizando-se dos seus atributos para seduzir os homens que passam perto de seus domínios. Essa lenda foi trazida para o Brasil por influência da cultura portuguesa. Ela é descrita como uma sereia encantadora que habita os rios da Amazônia, com o torso de uma mulher de rara beleza, cabelos longos e negros, e a parte inferior do corpo semelhante a um peixe. Sua lenda, amplamente difundida em todo o Brasil, foi influenciada pelas culturas indígenas, afro-brasileiras e europeias.

Segundo a história, Iara usa seu canto hipnótico para atrair pescadores e homens que se aventuram perto dos rios. Encantados pela sua beleza e voz, eles são seduzidos e levados para o fundo das águas, onde desaparecem para sempre. Alguns mitos dizem que aqueles que sobrevivem ao encontro ficam mentalmente perturbados.

A origem da Iara varia de acordo com a versão contada, mas uma delas narra que ela era uma guerreira indígena, muito habilidosa e admirada, o que provocou a inveja de seus irmãos. Eles tentaram matá-la, mas Iara conseguiu se defender e os matou em legítima defesa. Fugindo, foi capturada e jogada no rio como punição, onde foi transformada em sereia pelos espíritos das águas.

A lenda da Iara reflete temas de sedução, perigo e o poder da natureza, sendo uma forma de explicar o desaparecimento de pessoas nas águas dos rios. Ela também simboliza a relação dos povos indígenas com os recursos naturais, representando tanto a beleza quanto os perigos do meio ambiente.

Comportamento[]

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A Iara costuma ficar sentada em um pedra à beira do rio, penteando seu cabelo ou cochilando sob o sol. Quando ela sente que um homem está por perto, esta começa a cantar suavemente para atraí-lo. Uma vez sob o feitiço da Iara, um homem deixa tudo para viver com ela embaixo d'água e acaba se afogando e sendo arrastado para o fundo do rio.

Em algumas versões do mito, o homem não é morto pela Iara, mas conduzido até seus palácios subaquáticos e utilizando de seus poderes mágicos, ela faz com que ele possa sobreviver debaixo d'água. Outros ainda dizem que vários índios mantiveram um relacionamento amoroso com a sereia e voltaram vivos.

Folclore[]

Um dos principais folcloristas brasileiros afirma que, apesar de a lenda

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da Iara apresentar características que remetem ao folclore indígena, os principais elementos dessa lenda são europeus e foram introduzidos na cultura popular brasileira pelos portugueses.

A consolidação da lenda em sua forma atual ocorreu no século XIX.

Origem da Iara[]

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Luís Câmara Cascudo, importante estudioso do folclore brasileiro, afirma que a lenda de iara não tem origem indígena, mas sim europeia. Acredita-se que, no Brasil, a lenda vinda da Europa tenha se adaptado aos elementos da cultura indígena, mesclando o personagem Ipupiara as sereias da Grecia, Criando assim uma Sereia com Caracteristicas Indigenas. Segundo o folclorista, a origem teria sido da Grécia, pois os gregos, em sua mitologia, utilizavam sereias como personagens de suas histórias, e elas tinham aspectos humanos e de pássaros. Os portugueses teriam adaptado a personagem com características de peixe no século XV, época em que iniciaram a colonização e atravessaram o Atlântico.

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Seu conto medio afirma que mergulhou nas águas e nunca mais voltou à tribo.

Ninguém sabe, ao certo, o que aconteceu. Algumas pessoas dizem que ela virou uma linda sereia que, por detestar ficar sozinha, usa o seu canto e a sua beleza para atrair os pescadores e outros homens que se aproximam dos rios para levá-los para o fundo das águas.

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Segundo uma das histórias contadas pelos habitantes daquela tribo, certo dia, num final de tarde, um jovem índio voltava para sua aldeia, após mais um dia de pesca, quando derrubou o remo de sua canoa nas águas do rio.

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Muito corajoso, o jovem mergulhou naquelas águas, pegou o remo e, quando estava subindo na canoa, Iara apareceu e começou a cantar.

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Hipnotizado pelo canto da linda sereia, o índio não conseguiu se afastar. Foi nadando em sua direção e, impressionado, ainda pôde ver que as aves, os peixes e todos os animais à sua volta também estavam paralisados com o canto da Iara.

Por um momento, o jovem ainda tentou resistir, agarrando-se ao tronco de uma árvore que estava na margem, mas não adiantou: ele logo foi parar nos braços da linda sereia. E afundou com ela, desaparecendo para sempre nas águas do rio.

Um velho cacique que passava pelo local viu tudo, mas não conseguiu ajudar. Dizem que ele é o contador da história e que até inventou um ritual para livrar-se do feitiço da Iara. Mas os poucos que conseguiu retirar do fundo das águas ficaram alucinados por causa dos encantos da sereia.

Variação[]

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A Iara é uma figura do folclore brasileiro que se apresenta como uma sereia, metade mulher e metade peixe, que vive nos rios e seduz os homens com sua beleza e voz.

Nessa variação ela era filha de um pajé e que tinha grandes habilidades de guerreira. Acontece que essas habilidades eram motivo de inveja para os irmãos dela, que decidiram se reunir para matá-la em certa ocasião, mas ela resistiu, lutou e matou todos eles.

Temerosa da reação do seu pai, ela fugiu, mas foi encontrada, e seu pai decidiu lançá-la entre os rios Negro e Solimões. Ela teria sido salva pelos peixes e se transformado em Iara durante uma noite de lua cheia. O termo “Iara” tem origem no idioma tupi, sendo a mistura de duas palavras: ig, que significa “água”, e iara, que significa “senhor”. Iara, portanto, seria a senhora das águas."

Nome Iara[]

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A palavra, na forma yára aparece em 1886, uiara e uyara em 1899, uyáras em 1907 , oiára em 1913 e iara em 1928.

Na arte e literatura do século XX, porém, houve uma tendência a imaginá-las com pernas humanas, tornando-as mais semelhantes às náiades gregas. Em Monteiro Lobato, por exemplo, uma iara é descrita como "uma ninfa de deslumbrante beleza, em repouso numa pedra verde de limo, a pentear com um pente de ouro os longos cabelos verdes cor do mar (...) Em torno dela centenas de vagalumes descreviam círculos no ar; eram a coroa viva da rainha das águas" [2]. Outros as descreveram como morenas, mestiças ou indígenas, mais de acordo com os tipos físicos mais comuns no País.

O nome de iara ou uiara é dado também ao boto-vermelho (Inia geoffrensis).

A sedução da Sereia Iara[]

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A Sereia Iara é conhecida por sua capacidade de seduzir homens e mulheres com sua beleza irresistível e sua voz encantadora. Ela tem um poder de atração que é impossível de resistir.

_Seu olhar_: Seu olhar é profundo e misterioso, capaz de hipnotizar qualquer pessoa que cruzar seu caminho.

_Seu sorriso_: Seu sorriso é sedutor e irresistível, capaz de fazer qualquer pessoa se render à sua vontade.

_Sua voz_: Sua voz é suave e melodiosa, capaz de encantar e seduzir qualquer pessoa que a ouça.

_Seu corpo_: Seu corpo é lindo e sedutor, com curvas perfeitas e uma pele brilhante.

_Seu movimento_: Seu movimento é sinuoso e sedutor, capaz de fazer qualquer pessoa se sentir atraída.

A Sereia Iara usa sua sedução para:

_Atrair homens e mulheres para o fundo do rio ou oceano_

_Fazer com que as pessoas se percam em seus olhos_

_Encantar e hipnotizar aqueles que a ouvem cantar_

_Fazer com que as pessoas sejam suas escravas, física e emocionalmente_

Mas é importante lembrar que a sedução da Sereia Iara também tem um lado perigoso. Ela pode levar as pessoas à perdição e à destruição, se elas não forem capazes de resistir ao seu poder.

A Sereia Iara é uma criatura misteriosa e sedutora, que continua a fascinar e a seduzir as pessoas até hoje.

Geografia dos Mitos[]

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IPUPIARAS, BOTOS E MÃES-D’ÁGUA...

Os portugueses que vieram colonizar o Brasil trouxeram suas lendas e adaptaram-nas às existentes na terra conquistada. Bastava que um detalhe coincidisse ou o aspecto geral lembrasse as estórias ouvidas na pátria. O episódio ficava assimilado com as nuanças locais e se tornava um só. Os portugueses, homens do mar, possuíam a tradição das lendas marítimas, de tritões, sereias e animais fabulosos. As Sereias constituíam um patrimônio comum aos povos navegadores. Estão em todas as literaturas do Mundo. A Sereia de Portugal é a Sirena espanhola, a Herrych do Sudão, a Zar dos abissínios, a Rusalka dos moscovitas, a Misfirkr dos irlandeses, a Loreley alemã. Os gregos ensinavam que as três mil Oceânides, filhas de Tetis e do Oceano, rivalizavam com as Nereidas, filhas de Nereu, deus marinho anterior a Poseidon. As Nereidas eram cinquenta. Mas nenhuma cantava nem atraía os nautas. Corriam derredor do carro de Netuno ou de Nereu, alegrando com sua mocidade a vastidão do Mar sonoro. Não há nenhuma alusão de quem se perca por causa de uma Nereida ou Oceânide.

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Nem mesmo a forma coincide com a da Sereia. Hesíodo fala nos pés graciosos e rápidos das Oceânides, o que afasta a possibilidade de terem elas as extremidades caudais. Também não há Oceânide nem Nereida que dê riqueza a namorado nem lhe prometa palácio e reino encantado. Havia, efetivamente, a Sereia dos gregos e dos romanos. Mas esta era um pássaro e não um peixe. Não há um só autor clássico que fale em Sereias com o apêndice natatório. Na versão tradicional eram moças, sentadas na areia da praia, cantando. Viviam entre a ilha de Capri e a costa italiana e morreriam se o navegante resistisse ao seu canto maravilhoso. Ovídio dizia que as Sereias eram filhas de Achelous, companheiras de Proserpina que se suicidaram quando esta foi raptada por Plutão. Foram convertidas nos entes espantosos feições de virgens e corpo de ave. Os Argonautas passaram incólumes graças a Orfeu. Ulisses, amarrado ao mastro, não cedeu ao amavio. As Sereias, que eram três, morreram. Chamavam-se Partênope, Luecosia e Ligéa ou Aglaófone, Telxiepe e Pisinóe.

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A iconografia no assunto tem apenas uma variante: mulheres tocando instrumentos e cantando ou aves, com o busto feminino. Nenhuma Sereia oferecia ouro nem presentes. Nem havia possível matrimônio entre ela e um marinheiro. Sua ação limitava-se ao canto e nisto consistia a sedução. Levado pela voz o timoneiro rumava a sombra que era o cachopo disfarçado nágua trêmula. O tipo é a Loreley:

Passa o barqueiro nas aguas

E, embevecido de a ouvir,

Não sente o risco das fraguas,

Olha p’r’o céu a sorrir.

Devora-o a vaga inimiga,

Naufraga o barco, lá vai...

Por causa dessa cantiga,

Por causa de Lorelai.

(Tradução de João Ribeiro, O Folclore, Rio de Janeiro, 1919, p. 294.)

Peixe-Mulher[]

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A forma peixe-mulher, como a Sereia aparece no fabulário ibérico do século XV, é uma confusão entre Oceânides e Sereias. O corpo da primeira com a voz da segunda. Faltam as ofertas tentadoras. Mas Portugal possuiu outro elemento mítico de extrema popularidade sentimental. Foram as Mouras Encantadas. Eram filhas de Reis ou de príncipes mouros, reféns de soberanos cristãos, deixadas na terra portuguesa para vigiar tesouros escondidos até que voltassem a dominar. Cantavam as Mouras nas ameias sinistras dos castelos em ruínas, e, em sua maioria, nas fontes tímidas, nos rios e regatos, pedindo que um homem de coragem lhes quebrasse o encanto secular. Animais terríveis guardam-nas. Quem vencesse, teria fortunas incríveis e a Moura, tornada mulher, seria a esposa doce e fiel. O canto das Mouras era uma longa alusão ao ouro, pedrarias e armas espelhantes que dormem dentro de rochas ou de torreões esborcinados. As Mouras dormiam encantadas ou estavam sob formas apavorantes. Quase sempre serpentes enormes. O Alentejo era a região das Mouras tentadoras. Seguia-se o Minho, depois Trás-os-Montes também, até as Beiras. Uma vez por ano deixavam a forma de animais ferozes e cantavam, oferecendo tudo para quem as libertasse da magia. A Moura do Algoso, em Trás-os-Montes, saía da pele duma serpente e cantava até o amanhecer. Essa noite era a da véspera de São João, 23 de junho.

Com a Moura Encantada temos vários itens formadores da lenda. Há uma mulher encantada que canta divinamente e oferece tesouros a quem dela se

aproximar. Transforma-se sempre em cobras gigantescas, usa cabeleira longa e é de estonteadora beleza. A Sereia dos mareantes portugueses foi a convergência das Mouras com as Oceânides e Nereidas clássicas. A Sereia propriamente dita entrava na combinação com o feitiço irresistível da voz. Viajantes do Mar Tenebroso, os portugueses povoaram-no com suas lendas. Chegando ao Brasil o europeu encontrou uma estória vaga em que se falava em fantasma marinho, afogador de índio, espantando curumim

Lenda da Iara[]

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A Iara é uma lenda do folclore brasileiro que fala de uma sereia, isto é, um ser que é parte peixe e parte mulher. A Iara é conhecida por ter uma grande beleza, longos cabelos, uma bela voz e grandes riquezas. Na lenda, ela se utiliza desses atributos para seduzir os homens que passam perto de seus domínios.

A Iara é uma lenda muito presente na região Norte do Brasil e tem uma forte ligação com a cultura indígena, apesar de sua origem ser estrangeira, como veremos. É também conhecida como mãe d’água e uiara, e seu nome provém de duas palavras do idioma tupi: ig, que significa “água”, e iara, que significa “senhor”. Sendo assim, a Iara é a senhora das águas

Variação do estudo[]

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A lenda da Iara, ou Mãe d'Água, é uma narrativa envolvente no folclore brasileiro, especialmente na Região Norte. Descrevendo uma sereia de beleza única, metade mulher, metade peixe, a Iara reside no fundo dos rios, atraindo homens com sua voz encantadora e promessas de riqueza. No entanto, essa lenda, embora profundamente associada à cultura indígena, tem raízes europeias, trazidas possivelmente durante o período de colonização.

Na tradição indígena, a Iara é apresentada como a filha de um pajé, destacando-se como uma habilidosa guerreira. Sua história toma um rumo dramático quando, vítima da inveja de seus irmãos, ela os enfrenta em uma luta, emergindo como a única sobrevivente. Em seguida, seu pai a castiga, lançando-a nas águas dos rios Negro e Solimões, onde ela é salva pelos peixes, assumindo sua forma singular. No idioma tupi, o termo “Iara” significa “senhora das águas”.

A origem europeia da lenda é apontada por estudiosos, como o folclorista Luís da Câmara Cascudo, que observa semelhanças com as sereias gregas e portuguesas. A associação com figuras míticas portuguesas, como as mouras encantadas, que seduziam homens com promessas de riqueza, e a crença nas sereias, contribuiu para a formação da lenda da Iara no Brasil.

Além disso, há sugestões de influências da cultura africana, especialmente na relação da Iara com a Iemanjá. Essa complexidade revela uma trama mitológica rica, formada pela fusão de diferentes lendas e tradições. A Iara, com sua dualidade entre beleza sedutora e tragédia, continua a cativar a imaginação e a contar a história fascinante da interseção cultural no Brasil.

Semelhança com Mito Grego[]

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Encontramos lenda semelhante na Grécia antiga. Quando Ulisses manda os marinheiros tamparem os ouvidos para não ouvir o canto sedutor das Sereias (mito grego com cabeça de mulher e corpo de peixe).

Na mistura cultural que ocorreu no Brasil, a histórias das sereias trazidas pelos europeus, fundiu-se com mito do Ipupiara, (homem-peixe muito feroz, que ataca os homens e sai da água para matá-los). A junção da Sereia com o Ipupiara ganha então o nome Iara que significa “Senhora das Águas”.

Nas margens do rio Ariaiú, um dos mais lindos, caudalosos e fortes da Amazônia, vivia uma linda índia de cabelos negros como a noite, olhos penetrantes como a lança, de sorriso provocador e canto inebriador. Vivia nas profundezas do rio, e todos os dias no fim da tarde vinha a tona cantar. Seu canto era ouvido por toda floresta, sua voz inebriava os homens que se apaixonavam perdidamente. Seu nome era Iara. Um dia o índio Upira, forte e valente guerreiro, subia rio acima quando ouviu sua voz. Upira sabia que não era sensato se deixar levar por esse canto, embora inebriado, conseguiu resistir e foi-se embora com o coração tremendo.

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Dias depois, voltava da pesca quando foi novamente surpreendido pelo canto da índia. Dessa vez foi tomado por uma visão. Iara tinha um corpo reluzente tão forte que Hipnotizou o guerreiro. Upira esqueceu-se de quem era, do que fazia, de onde vinha e para onde ia, corria um grande perigo mas não percebia. Acordou mito tempo depois, completamente dominado.

Na aldeia ninguém conhecia mais Upira, não caçava, não pescava, andava calado entristecido. Passava todo o tempo pelos igarapés esperando por Iara.

Uma noite ouviu o canto da Iara lhe chamando, ela surgiu a sua frente luminosa, mas seu bom senso lhe dizia: Fuja do abraço dessa índia, ele significava a morte.

Upira resistiu, o brilho da Iara desapareceu e ele voltou para sua aldeia muito mais triste.

Seu coração estava completamente dominado pela índia, mas sua mente não.

Seu povo procurava distraí-lo, contavam histórias, cantavam canções. Upira travava uma batalha contra os encantos da Iara. Finalmente conseguiu vencer. Um dia pescava no Rio Negro quando viu a sombra de um índio vagando sem rumo... esse não resistiu aos encantos da Iara.

Mãe-d'água[]

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É o nome mais popular fora da Amazônia. Segundo o dicionário Houaiss, a forma mãe-d'água é registrada desde 1716, mas referia-se originalmente ao mito ofídico das águas, elemento cosmogônico das populações indígenas brasileiras, cuja crença ainda sobrevive em certas


áreas como boiúna ou cobra-grande. A concepção da mãe-d'água como mulher-peixe aparece da segunda metade do século XIX em diante.

São Francisco (mulher-peixe)[]

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Alfredo do Vale Cabral recolheu várias descrições ao longo do Rio São Francisco que se enquadram no modelo da sereia europeia, exceto pela aparência "cabocla" (indígena) e pela ausência do canto sedutor[3]:

É uma caboclinha, gordinha, cabelo derramado, parte de gente, parte de peixe. Ouve-se a zoada delas quando estão cavando a areia embaixo das beiradas (do rio), onde fazem grande buracão. Moram debaixo d'água. Pega a gente e leva para o fundo do rio. Contou um piloto que a mãe-d'água tinha, em Curral de Pedras, carregado da sua casa uma moça branca, quando uma noite foi buscar água no rio. Também sabia que um negro tinha sido carregado pela mãe-d'água. (Curral de Pedras)

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Aparece sempre de noite, que é quando se ouve a zoada dela. Cava e quebra a ribanceira (do rio), quando anda na vadiação. Há muitas. Parte de gente, parte de peixe. (Pão de Açúcar). Da cintura para baixo, é peixe, e para cima, é cabocla, com um cabelão que bate na cintura. Só toma banho de noite, que é quando aparece. Não canta como as sereias do mar (Penedo).É uma espécie de cabocla com o cabelo todo derramado, metade gente, metade peixe. Mora no rio (Propriá).É uma cabocla, e do umbigo para riba é gente, para baixo, peixe (Furado).

São Francisco ("caboclinha")[]

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Outras descrições compiladas na mesma fonte dão à mãe-d'água um corpo que parece inteiramente humano, embora possa ser diminuto ou passar por metamorfoses[4]:

Tem um cabelão grande que derrama embaixo. É um modo de caboclinha. O corpo é todo de gente. É vermelhinha da cor de um caboclo. Agüenta o sol no tempo de verão. No inverno, não aparece. Mora Iara é uma das personagens mais importantes do folclore brasileiro. A criatura, que é metade humana e metade peixe, vive no rio Amazonas e fascina os pescadores com a sua beleza e com o seu canto hipnotizador que leva os homens à desgraça. A lenda, que tem origem europeia e elementos indígenas, foi recontada por autores importantes como José de Alencar, Olavo Bilac, Machado de Assis e Gonçalves Dias. dentro da água, sai para terras, porém a morada dela é no rio. Há muitas mães-d'água. Moram nos lugares mais fundos. Quando elas saem em algumas beiradas das corredeiras, elas vão vadiar ali e cavam a terra, e o barro cai. Quase sempre cavam onde tem plantações de mandioca, feijão, milho... Quem planta tudo isso na beirada, perde por causa delas. pode ter mais ou menos um metro de altura (Aricuri).

Parece-se com gente, tem o cabelo muito grande. Às vezes, apanhando de jeito, pega gente para carregar para onde ela mora. Há muitas. Moram debaixo d'água. Aparecem a toda hora, de dia e de noite. Elas cavam, derrubam as ribanceiras de beira de rio, por vadiação (Vila Nova).


É uma tapuinha com um cabelo muito grande. Às vezes vira-se em cágado dourado e a gente quando o apanha é a mãe-d'água. Cava as beiradas dos rios por baixo e estraga as plantações. Às vezes se apanha ela na rede, mas é muito raro (Curral de Pedras e Pão de Açúcar).

É toda gente, com um cabelão muito grande e mora no fundo da água (Paulo Afonso).

O CASAMENTO DA MÃE-D’ÁGUA[]

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Havia, pois, um pescador que de pescador, ultimamente, só tinha o nome, pois não conseguia levar para casa peixe algum. Então, certo dia, obstinando-se em derrotar a maré de azar, ele decidiu permanecer pescando noite adentro, até arrancar qualquer coisa que fosse das águas. – Daqui só saio com um peixão de encher os olhos! – anunciou ele, lançando o anzol. O sol se foi, a noite chegou, e nada de peixe, até que, de repente, lá pelas tantas da madrugada, um clarão se fez no mar e uma cantoria de mulher subiu harmoniosa das águas. Aquilo tinha todo jeito de visagem, e o pescador se encolheu todo, dando quase para se esconder atrás do samburá vazio. Mas a cantoria não cessava, até que uma criatura esplendorosamente bela emergiu das águas e foi acomodar-se numa das pedras, um pouco depois da rebentação. Bem, se o pescador queria algo de encher os olhos, realmente conseguiu o que queria, pois a criatura era realmente deslumbrante. Da cabeça à cintura ela era mulher, e da cintura para baixo era peixe. O pescador, que não tinha mulher nem peixe, sentiu-se duplamente recompensado. – Deus é mesmo maravilhoso! – disse ele, depois de blasfemar a noite toda. De repente, a mulher-peixe mergulhou e o pescador entrou em pânico. – Espere, volte...! – gritou ele. Fez-se o silêncio, até que a cantoria recomeçou, desta vez bem próxima, a ponto de o pescador ficar meio hipnotizado.

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Ele entrou no mar, ficando com a água pela cintura, até que a mulher-peixe apareceu bem na sua frente. Com os cabelos molhados e o torso completamente nu, era uma visão de sonho ou de pesadelo deleitoso, o que acharem melhor. – Quem é você? – balbuciou ele. – Sou a Mãe-d’Água, e vou ensiná-lo a pescar – disse a sereia tupiniquim. O pescador apanhou tanto peixe naquela noite que o samburá vergou de peso.

  • Conto Varia
  • Conto Muda de região pela região
  • Conto tem nuances gerais

Pescador e Mãe d'agua[]

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A partir daí, começou um romance entre o pescador e a Mãe-d’Água, que culminou num pedido de casamento. – Sim, eu quero! – disse ela, donzela ingênua e sedenta dos prazeres do matrimônio. – Você irá viver comigo? – perguntou o pescador. – Está bem, vou viver em terra com você – disse ela, cedendo. – Mas imponho uma condição. O pescador franziu a testa, pois era um tipo truculento. – Só viverei com você enquanto não desfizer da minha gente do mar. O pescador suspirou aliviado! – É claro, jamais falarei mal da sua gente! – disse ele, esquecendo-se logo do que prometera. A partir desse dia, os dois foram viver na cabana do pescador. Quando a Mãe-d’Água chegou ao “ninho de amor”, entretanto, teve de fazer um esforço enorme para esconder a sua decepção. “Que pobreza!”, pensou ela, ao adentrar o casebre de duas peças. Um mormaço sufocante pairava ali dentro. Não havia cama nem rede para deitar, só uma esteira atirada no chão batido. A mesa, por sua vez, nada mais era do que uma tábua comprida deitada sobre duas pilhas de tijolos. Dois latões vazios de óleo de cozinha, postos de cada lado da mesa, completavam a mobília. Mas o que realmente a incomodara fora a mudança no caráter do esposo. Desde a chegada, ela percebera que os modos do galante pescador haviam se alterado radicalmente. – Deite-se aí! Tem a esteira inteirinha dando sopa ali.

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Iara aproximou-se cautelosamente da esteira toda desfiada. Quando estava a um passo dela, porém, retrocedeu instintivamente: uma lufada de urina seca explodira nas suas narinas rosadas como uma bofetada. – Água e sabão têm por aí, peixinha. Trate de limpar a casa. A Mãe-d’Água virou-se para o esposo, mas ele já saíra. E foi assim que começou o seu martírio terrestre. * * * O tempo passou, e o marido da sereia foi ficando cada vez mais grosseiro. Já no segundo dia, o tratamento afetuoso mudou. O dia inteiro era um tal de “faça isso!” ou “faça aquilo!” que dava engulhos na pobre moça. Dia após dia, a Mãe-d’Água, obrigada a viver naquela maloca junto com um homem tão grosseiro, foi perdendo todo o encanto pelo casamento. – Então, é isto viver em terra? – dizia de si para si. – O que está reclamando, agora? – perguntou o marido. Ela desvencilhou-se, enojada, mas ele agarrou-a brutalmente. – Escute aqui! Comigo não tem choradeira – disse ele. “Onde está aquele pescador ingênuo e adorável?”, pensou ela. Então, ela decidiu que, quem sabe tornando o marido rico, pudesse torná-lo novamente gentil. Graças aos seus dons mágicos, as bênçãos começaram a chover sobre o casal, e logo eles estavam morando num palácio à beira-mar. Pena que ela tivesse de limpar sozinha todos os trezentos aposentos. – Não vou pagar criada alguma tendo uma mulher em casa! – disse o pescador, com modos ainda piores do que os do tempo da penúria. Então ela desesperou-se de tudo e, a partir daí, não fez mais outra coisa na vida senão postar-se, dia e noite, no janelão do palácio que dava para o mar e entoar seus cânticos aquáticos de saudade.

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Infelizmente, as suas árias delicadas e pungentes só conseguiam irritar ainda mais o marido. Um dia, finalmente, ela decidiu voltar para casa, custasse o que custasse. * * * A Mãe-d’Água sofreu muito nas mãos do marido ao comunicar o seu desejo, mas, perdendo todo o medo, resolveu enfrentá-lo. – Não suporto mais esta vida em terra! Quero voltar para junto dos meus! – O que quer junto dos peixes malditos? Neste instante, um alívio abençoado desceu sobre a Mãe-d’Água. Ela estava finalmente liberta, pois o miserável acabara de maldizer os seus parentes do mar! De repente, o céu ficou negro e uma onda medonha começou a formar-se na linha do horizonte. O pescador arregalou os olhos ao ver a massa d’água avançar na direção do palácio e, abandonando a esposa, correu como um alucinado para o morro mais alto. As águas invadiram tudo, cobrindo o palácio dourado até o topo, e quando refluíram para dentro do mar arrastaram consigo a jovem sereia e o palácio inteiro, até a sua última pedra. E foi assim que a Mãe-d’Água voltou a morar nos seus adorados domínios, enquanto o pescador voltou a ser um pobre-diabo azarado e solitário. Nunca mais conseguiu tirar coisa alguma do mar, nem mesmo as tatuíras da areia, que lhe escorriam ágeis pelos dedos, sem jamais deixarem-se agarrar.

Filha de Itaporama e a Mãe d’Água[]

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Quem diria que a Praia do Olho d’Água teria surgido a partir das lágrimas de uma mulher abandonada? É esta a história contada: a filha de Itaporama, chefe de uma tribo, apaixonou-se por um jovem, que, por sua vez, despertou o amor da Mãe d’Água – uma sereia de beleza estonteante. O índio foi seduzido e levado ao palácio encantado da entidade nas profundezas do oceano, deixando a filha de Itaporama desolada ao ponto de chorar até morrer. De suas lágrimas, surgiram duas nascentes que correm até hoje para o mar.

Sereia das D'aguas[]

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Iara é uma lenda do folclore brasileiro muito conhecida na região amazônica. Acredita-se que ela era uma sereia, ou seja, metade mulher e metade peixe. Iara vivia nas águas dos rios da Amazônia e atraía homens para si com seu canto. Os que eram seduzidos por ela acabavam mortos afogados no fundo das águas dos rios, e os que não se deixavam seduzir pelo canto da sereia ficavam loucos e precisavam de ajuda para se livrar da loucura. Até hoje, sua lenda é tema de produções cinematográficas, como a série “Cidade invisível”, da Netflix. Leia também: Curupira – personagem folclórico conhecido como o guardião da floresta Afinal, quem era iara?

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Iara era uma guerreira muito bonita e corajosa. Seu nome tem origem tupi, que significa “senhora das águas”. Suas qualidades despertavam a inveja em seus irmãos, que começaram a planejar uma forma de matar sua irmã. No dia combinado, os irmãos começaram a brigar com ela, que logo utilizou suas qualidades de guerreira, e, mesmo sozinha, conseguiu se livrar dos ataques dos irmãos e matá-los um a um.

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Logo após a briga e a morte dos irmãos, iara tentou fugir da punição do seu pai, que era o pajé da tribo à qual ela pertencia. Apesar da fuga, seu pai a encontrou e a jogou nas águas de um rio que corria na Floresta Amazônica. Para sorte de iara, ela foi encontrara por peixes e resgatada do fundo do mar. Os peixes a transformaram em sereia, e seu corpo se modificou: metade permaneceu mulher e a outra metade se transformou em peixe. Após essa metamorfose, a agora sereia iara voltou para as águas dos rios da Amazônia. Iara começou a emitir uma melodia atraente por meio da sua voz doce e suave. Os homens que se deixavam seduzir por seu canto eram levados até o fundo das águas e morriam afogados. Já aqueles que conseguiram se manter resistentes e não deram ouvidos para a voz doce e suave vinda da sereia, tornaram-se loucos. Para voltar à sanidade, os homens tinham que obrigatoriamente procurar um pajé para que pudessem ser curados. Origem da lenda da iara

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Luís Câmara Cascudo, importante estudioso do folclore brasileiro, afirma que a lenda de iara não tem origem indígena, mas sim europeia. Acredita-se que, no Brasil, a lenda vinda da Europa tenha se adaptado aos elementos da cultura indígena. Segundo o folclorista, a origem teria sido da Grécia, pois os gregos, em sua mitologia, utilizavam sereias como personagens de suas histórias, e elas tinham aspectos humanos e de pássaros. Os portugueses teriam adaptado a personagem com características de peixe no século XV, época em que iniciaram a colonização e atravessaram o Atlântico. Entretanto a figura da Iara é misturada entre ipupiara e a verdadeira mãe-da-agua, o que torna ela uma sereia com caracteristica da etnia cabocla.

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Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Segundo se acreditava na época, havia uma moura encantada que seduzia os homens e oferecia riquezas. Em troca, o homem que fosse seduzido quebraria o encanto e libertaria a mulher que estava na condição de moura encantada. O termo “moura” faz referência aos mouros, como eram chamados os muçulmanos que dominaram a Península Ibérica, onde se localizam Portugal e Espanha, e foram expulsos pouco antes do início das grandes navegações. Por isso, há essa presença moura na mentalidade portuguesa.

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Em Portugal, a crença em seres mitológicos era bastante comum. Durante as grandes navegações, quando os portugueses se lançaram ao mar, a crença em lendas e mitos aguçava a imaginação. Acreditava-se que, quando uma caravela desaparecia no horizonte, ela teria despencado em um abismo e sido devorada por monstros marinhos. Por isso, quando os portugueses desembarcaram no Brasil e iniciaram a colonização, a crença nessas mitologias e o temor desses seres assustadores vieram com os colonizadores.

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Fascinação da Iara, de Teodoro Braga (1929)

Principalmente no século XVII, quando a colonização avançou pelo interior do território brasileiro, na região Norte, as lendas europeias ganharam maior destaque por conta da paisagem, a Floresta Amazônica, que, até então, era estranha para os europeus, tornou-se cenário para os seres míticos que se adaptaram à nova realidade e à cultura indígena. As sereias que, na mitologia europeia, habitavam os mares, no Brasil, escondiam-se nas profundezas dos rios amazônicos. Como o nosso país foi formado por diversas culturas (europeia, indígena e africana), os seres mitológicos europeus se adaptavam às paisagens brasileiras. No caso da iara, acredita-se que a lenda europeia tenha se adaptado também aos elementos da cultura africana. Ela estaria relacionada com a orixá Iemanjá, a deusa do mar.

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Não é apenas no período colonial que a lenda de iara se faz presente. A sereia se tornou símbolo da força feminina, pois a personagem mítica era guerreira e derrotou os irmãos que queriam matá-la. Recentemente, a Netflix lançou a série brasileira “Cidade invisível”, e uma das personagens é inspirada em iara. Assim como na lenda europeia que desembarcou no Brasil, as produções cinematográficas que retratam algum ser mítico não seguem rigorosamente o enredo original, fazendo adaptações. Veja também: Corpo-seco – personagem folclórico que foi rejeitado pela terra por conta de seus pecados Resumo sobre a iara Iara é uma personagem do folclore brasileiro e que vivia nas águas dos rios amazônicos. Após uma briga com seus irmãos, seu pai a jogou no rio, mas os peixes salvaram-na e transformaram-na em uma sereia. Ela atraía os homens com sua voz doce e os encantava afogando-os nas profundezas dos rios. Os homens que conseguiram vencer o encanto da iara ficavam loucos e precisavam da intervenção de um pajé para restaurar a vida. Até hoje, a lenda de iara desperta a imaginação das pessoas e é tema de filmes e séries, como “Cidade invisível”, série produzida pela Netflix.

Como Tornou uma sereia[]

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O folclore brasileiro é repleto de criaturas mágicas, muitas com ligação à cultura indígena. A Lenda da Iara é um exemplo! Essa lenda indígena também é chamada de Mãe d’água e tem sua origem na região amazônica. Iara, no dialeto indígena, significa “aquela que mora nas águas”. É uma bela sereia, metade peixe e metade mulher, que vive nas águas da Amazônia e encanta os homens com o seu cantar. Diferentemente da imagem que muitos de nós temos sobre uma sereia, a beleza de Iara é bastante brasileira. Ele tem cabelos longos e pretos e lindos olhos castanhos. Direto das águas, Iara emite uma melodia que hipnotiza os homens e que faz com que eles adentrem as águas para encontrá-la. É um canto doce e suave, verdadeiramente contagiante.

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Iara teria nascido humana, dona de uma beleza rara e de uma coragem de dar inveja em muitas pessoas. Ela era uma jovem índia, forte e linda, mas isso fazia com que a ira das pessoas fosse despertada contra ela, inclusive a de seus próprios irmãos. Em uma ocasião, os irmãos de Iara tentaram matá-la, mas como ela era esperta e guerreira, ela matou os irmãos. Com medo das punições que receberia de seu pai, Iara foge de sua tribo. Na fuga, no entanto, ela é encontrada pelo pai, que num ato de fúria a lança nas águas amazônicas. Peixes mágicos veem a cena e resolvem ajudar a jovem, transformando-a em uma sereia. Desde então, Iara vive nos rios amazônicos e canta para encantar e seduzir os homens. Todos os que caem em seu encanto acabam morrendo afogados, pois são levados por Iara para o fundo do rio. Já os homens que conseguem se salvar do canto de Iara acabam ficando em estado de loucura e precisam da ajuda de um pajé para voltarem ao normal. Essa lenda é muito conhecida na região norte do Brasil e se espalhou por todos os cantos do país, com pequenas variações na forma de contar a estória. Para ter ideia de como a lenda é poderosa, muitos índios têm medo de passar perto de rios ao entardecer, pois temem ser hipnotizados pelo canto da sereia. Algumas versões dessa lenda dizem que Iara foi jogada por seu pai nas águas do encontro dos Rios Negro e Solimões. Então, já sabe! Se um dia você for para essa região do Brasil fique atento e fuja do canto da sereia!

Camara Cascudo[]

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Câmara Cascudo fala que, até o século XVII, não existia nenhuma lenda entre os indígenas que tivesse os elementos que marcam a história de Iara: uma mulher, parte humana, parte peixe, bela e que seduzia os homens com o seu canto. Ele aponta que todos esses elementos foram introduzidos pelos portugueses, uma vez que na cultura europeia existiam entidades folclóricas com essas características.

A Iara (Milton Nascimento)[]

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Mãe d'água, mãe d'água

Sereia da água doce

Encanto de todas as florestas

Formosa, formosa

Perigo aos ouvidos

Dos homens que te ouvem

Rainha da mata verde

Parenta de iemanjá

Rainha de todo azul

Quem fere teu sentimento

Mais tarde há de pagar

Se apaixona por teu canto

Que se espalha pelo ar

Uma Iara/ Uma Perigosa Yara (Maria Bethânia)[]

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Hã hã hã

A Iara, a que dorme

Na vitória régia

Ai daquele que cái na tragédia

Da nudeza da sua voz

Hu hu hu

Iara a que canta a sitéria

Ai daquele que cai na tragédia

Da nudeza do seu véu

É preciso manter a proa

Da margem que encerra

Se ele é livre ou se é dela

A Iara, a que canta, a que chora

Ao cair de todas as tardes a Iara surge de dentro das águas magnifica.

Com flores enfeita os cabelos negros.

No mês de maio ela aparece ao pôr do sol

E à medida que Iara canta mais atraídos ficam os moços

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Houve um dia, um Tapuia sonhador e arrojado

Estava pescando e esqueceu-se que o dias estava acabando

E as águas já se amansavam.

"acho que estou tendo uma ilusão" - pensou

A morena Iara de olhos pretos e faiscantes erguera-se das águas

O Tapuia teve medo, mas de que adiantava fugir

Se o feitiço da flor das águas já o enovelara todo

O Tapuia sofria de saudade e Iara confiante no seu encanto, esperava

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Nesse mês de florido maio, o índio entrou de canoa no rio, o coração trêmulo

A Iara veio vindo devagar, abriu os lábios úmidos e cantou, suave, a sua vitória

Houve festa no profundo das águas

E sempre à tardinha aparecia a morena das águas

A se enfeitar com rosas e jasmins

Porque um só noivo não lhe bastava

Hã hã hã

A Iara, a que canta, a que chora

Hu hu hu Iara

Hu hu hu Iara

Canto de Yara (Boi Caprichoso)[]

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Canto da Yara

Boi Caprichoso

Canta e encanta

Sereia dos lagos

Yara dos rios

Tua beleza é a própria melodia

Brota das águas

E invade a floresta em sinfonia

Encanto que surge ao luar

Que envolve o pescador

Que seduz navegador

E inspira o trovador

Voz sonora

Infinita brasa ou calor

Tudo em volta é fogo

Incenso, fumo e fervor

Canta minha sereia

E quando você para

Para ouvir

E quando você pensa em voltar

Não há mais tempo

Tudo fica tão distante de você

O canto da sereia seduziu você

O canto da sereia seduziu você

Um canto caprichoso seduziu você.

Yara e o Povo Peixe (Boi Garantido)[]

Iara e Peixe Vivo 19292

A cobiça do homem vem

Colorindo o leito e tirando o brilho do rio

Envenenando as águas

Agredindo as almas do povo peixe

Mulheres peixe tocam trombetas

Para afugentar

Hidropiratas e garimpeiros

Na pororoca surge a deusa kraiwa

Deslumbrante em carruagem de botos

Boiunas e aruanãs

Na mão o arpão de ouro dos heróis ancestrais

Emerge em fúria

Criatura heroína

Sublime imortal

Protetora dos rios

Ser fantástico de rara beleza

Olhos brilhantes refletem nas águas

Cinto de dentes de pirarara

Pele de arraia escamas afiadas

Seu cabelo é um manto de canarana

Grinalda de flores de mureru

Kraiwa kraiwa yara

A protetora das águas

Kraiwa kraiwa yara

A deusa peixe dos rios

Iara (Cocoricó)[]

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Laiaraiaraiara Iara.

Laiaraiaraiara Iara.

Eu moro num palácio lá no fundo do rio,

Cheio de tesouros, cheio de riquezas,

Durmo numa cama de ouro,

Tenho vida de princesa.

Porém no meu palácio cantar ninguém aguenta,

Mesmo as mais lindas melodias,

Soltam bolhinhas barulhentas.

Laiaraiaraiara Iara.

Laiaraiaraiara Iara.

Por isso eu subo aqui na pedra pra me pentear,

Pôr uma flor no cabelo e cantar,

Ouvir a melodia no silêncio do ar.

Laiaraiaraiara Iara.

Laiaraiaraiara Iara.

Oh que linda melodia,

Oh que voz maravilhosa.

Mas cuidado meu amigo,

Por quê?

A Iara é perigosa,

Quem visita o seu palácio,

Não volta nunca mais.

Não volta nunca mais.

Sereia, rainha do mar,

Iara senhora do rio.

Mistura de mistério e beleza que se espalhou pelas águas do Brasil.

Laiaraiaraiara Iara.

Laiaraiaraiara Iara.

Sedutora de Águas (Boi Garantido)[]

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Punhos aprisionados com cipó de ratã

Nas correntezas foi lançada pelo clã

E ao luar se transformou

Iara, mãe d'água

Iara, mãe d'água

Mãe do boto e da boiuna

A rainha dos encantes

A noite o calafrio, medo e arrepio

Traz nas pedras

De um remanso sombrio

A índia cabocla

Ornada de sementes, ossos e plumas

Seus acordes encantados

Esfumaçam a brisa

Seu feitiço apaixonante

Alucina o pescador

Inebriante de amor

E somente o pajé

Poderá lhe salvar

Do abraço tenaz

Da sedutora das águas

Iara mãe d'água

Iara mãe d'água

Mãe do boto e da boiuna

A rainha dos encantes

Resumo[]

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A Sereia Iara é uma figura mitológica brasileira, originária da cultura indígena e africana. Ela é descrita como uma criatura sedutora e misteriosa, com corpo de mulher e cauda de peixe.

*Características:*

- Corpo de mulher linda e sedutora

- Cauda de peixe colorida e brilhante

- Voz encantadora e hipnótica

- Olhos profundos e misteriosos

- Habita em rios, lagos e oceanos

*Poderes:*

- Sedução e encantamento

- Controle sobre as águas e os peixes

- Capacidade de curar doenças e ferimentos

- Poder de prever o futuro

*Comportamento:*

- É uma criatura solitária e misteriosa

- Atraí mulheres e homens com sua beleza e voz

- Pode ser perigosa se provocada ou rejeitada

- É protetora da natureza e dos animais aquáticos

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*Lendas:*

- Diz-se que a Sereia Iara pode levar os homens ao fundo do rio ou oceano, onde eles se perdem para sempre

- Outras lendas contam que ela pode curar doenças e grantir prosperidade às pessoas que a respeitam e a adoram

*Simbolismo:*

- A Sereia Iara representa a beleza e o mistério da natureza

- Ela simboliza a sedução e o poder feminino

- Também representa a conexão entre a humanidade e o meio ambiente

A Sereia Iara é uma figura fascinante e complexa, que continua a inspirar a imaginação e a criatividade das pessoas até hoje.


Poderes e Habilidades[]

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Perícias[]

  • Grande habilidade de canto - A Iara é um excelente cantora, muitas vezes utilizando-se desta habilidade para atrair suas vítimas (ou parceiros);
  • Períta em habilidade de combate - Ela supostamente era a melhor guerreira de sua tripo, sendo capaz de escapar de seus irmãos e mata-los quando estes tentaram embosca-la;
  • Sedução - Iara é muito habilidosa quando se trata de utilizar sua beleza para atrair vítimas;

Habilidades Mágicas[]

  • Enfeitiçamento - Ela possui a habildiade de encantar homens através de sua beleza e/ou seu canto;

Galeria[]

Notas[]

https://www.facebook.com/felipecapriniart

https://leiturinha.com.br/blog/4-livros-sobre-folclore-brasileiro-para-criancas/

https://sites.google.com/site/profmarciodemedeiros/news/61-aesquecidamitologiabrasileira

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-a-mitologia-tupi-guarani/

https://www.deviantart.com/elchavoman/gallery/63272125/mythology-folklore-and-religions

https://www.taofeminino.com.br/filhos/nomes-indigenas-para-bebes-s2005506.html

https://brasilescola.uol.com.br/folclore/iara.htm

https://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-iara.html

http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/03/mitos-e-lendas-da-cultura-indigena.html?fbclid=IwAR2MVGt14MeGf82fEbDrCNkl59mtK06-AE3pUzkJiv3PYFe4PetJvMtn8Q8

  1. http://www.terrabrasileira.com.br/folclore2/h15-iara.html

https://www.deviantart.com/elchavoman/art/Mermaids-Over-The-World-Mermay-683362128

https://www.deviantart.com/chrissyissypoo19/art/Mayahuel-687332332

https://www.deviantart.com/elchavoman/favourites

  1. Luís da Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro, São Paulo: Global, 2000
  2. Monteiro Lobato, O Saci, São Paulo: Brasiliense, 2003
  3. Alfredo do Vale Cabral. Achegas ao estudo do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura / Fundação Nacional de Artes, 1978, p.61-63
  4. Alfredo do Vale Cabral. Achegas ao estudo do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura / Fundação Nacional de Artes, 1978, p.61-63


Veja também[]

Cis

Mãe-do-fogo

Mãe-do-mato

Mãe-do-ouro

Náiades

Sereias

Sirenas

Ondinas

Ninfas

Vilas

Janas

Rusalkas

Nixes

Ligações externas[]

https://my-bestiario.fandom.com/pt-br/wiki/Iara

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