Icnaia ou Icneia (do grego Ἱχναῖη, Ichnaiê, do grego ichneuô, "rastrear" ou "traçar") era uma deusa que possuía um oráculo na cidade de Icnai (Ἱχναι, Ikhnai), na Botieia (Bottiaia), região da Macedônia no golfo Termaico, filha de Hélios segundo Licofronte. Alguns consideraram esse nome um simples epíteto de Têmis, Nêmesis ou Teia.
O hino homérico a Apolo Délio cita Icnaia entre as deusas que acompanham Leto a Delos e testemunham o nascimento do deus e de sua irmã Ártemis:
- Leto [na ilha de Delos] foi atormentada nove dias e nove noites com dores inauditas. E estavam com elas todas as deusas mais importantes, Dione e Reia e Icnaia e Têmis e Anfitrite, que alto se lamentava, e as outras deusas imortais. Então a criança saltou para a luz e todas as deusas lançaram um grito. Imediatamente, grande Febo [Apolo], as deusas o lavaram com água doce e o envolveram em um fino pano branco recém-tecido e o envolveram com uma faixa dourada.
As deusas citadas como "mais importantes" poderiam ser interpretadas como equivalentes às titânides de Hesíodo, com Anfitrite no lugar de Tétis, Dione como equivalente a Febe e Icnaia como equivalente a Teia. Está ausente, porém, Mnemósine.
Licofronte, no poema Alexandra (século III a.C.), menciona a justiceira e árbitra, filha de Hélios, Icnaia.
Apesar do hino homérico distinguir claramente Icnaia e Têmis, a Geografia de Estrabão (século I), cita "Icnai, onde é honrada Têmis Icnaia".
Richard Brunck, erudito francês do século XVIII, considerou Icnaia um epíteto de Nêmesis.
Referências[]
- Theoi: Ichnaea [1]