Iyami Oxorongá, Iyami Ajé ("Mãe Feiticeira") ou Ìyá Nlá ("Grande Mãe") é a aglutinação coletiva dos espíritos dos mortos do sexo feminino, chamados individualmente de Ìyámi Agbá ("minha mãe anciã"), mas não são cultuados individualmente. Mães ancestrais respeitadas e temidas, não incorporam, mas têm o poder de se transformar em pássaros.
Esse poder da ancestralidade coletiva feminina é cultuado e manipulado pelas "Sociedades Gëlèdé", compostas exclusivamente por mulheres. O medo da ira de Ìyámi nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino.
Segundo Sergio Ferretti, o culto a Naê no Maranhão pode ser comparado ao das Iyamí Oxorongá da Nigéria, Benin e outras regiões da África.
Referências[]
- Wikipédia: Iyami-Ajé [1]