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InoDyoniso

Ino e Baco, de John Henry Foley (1818-74)

Leucothea Allasseur

Leucotéia, de Jean-Jules Allasseur (1862).

Leucoteia, do grego Leukothea, "deusa branca", é uma deusa marinha da mitologia grega, protetora dos marinheiros nas tempestades, que teria sido originalmente uma mortal - Ino, de Tebas ou Hália, de Rodes.

Leucotéia de Tebas[]

Átamas, rei de Orcômeno ou de Tebas, se casou em primeiras núpcias com Néfele e foi pai de Frixo e Hele. Tendo repudiado a primeira esposa, uniu-se a Ino (do radical proto-indo-europeu *weno, "água"), filha de Cadmo. A princesa foi mãe de dois filhos, Learco e Melicertes, mas, enciumada com os filhos do primeiro casamento de Átamas, procurou eliminá-los. Ambos foram, porém, salvos pelo aparecimento de um carneiro voador, de velo de ouro, presente de Zeus ou de Néfele, que conduziu Frixo até a Cólquida, porque Hele, por causa de uma vertigem, caiu no mar, no estreito chamado por isso de Helesponto, isto é, Mar de Hele.

Átamas, crendo-a morta, uniu-se a Temisto, com a qual teve igualmente dois filhos, Orcômeno e Esfíngio. Ino, porém, retornou secretamente à corte e tendo-se dado a conhecer a Átamas, foi admitida como serva. Temisto soube que sua rival não morrera, mas ignorava-lhe o paradeiro. Tendo concebido a idéia de eliminar os filhos de Ino, Learco e Melicertes, confidenciou o projeto à nova serva do palácio. Esta, imediatamente, aconselhou a rainha que vestisse de preto os filhos de Ino e de branco os que a soberana tivera com Átamas, a fim de que, no momento de eliminá´los, pudessem ser distinguidos na escuridão. Ino, todavia, trocou-lhes a indumentária e a rainha acabou por matar os próprios filhos. Tomando conhecimento do trágico equívoco, a terceira esposa de Átamas se enforcou

Leucotéia de Rodes[]

Outra versão sobre Leucotéia, também como deusa marinha, a dá como originária da ilha de Rodes. Nessa versão, seu nome como mortal era Hália (de halos, "sal" ou "mar"), irmã dos Telquines que, unida a Posêidon, foi mãe de seis filhos e uma filha, Rodos, que deu nome à ilha que lhe serviu de berço.

Enlouquecidos por Afrodite, os filhos de Hália tentaram violentá-la. Posêidon, com um só golpe de tridente, sepultou-os nas entranhas da terra. Desesperada, Hália lançou-se ao mar e, com o nome de Leucotéia, passou a receber culto dos ródios como divindade marinha. Apos se transformar em uma deusa grega, que se refere a deusa das tempestades marinhas e marinheiros diz uma lenda que quando um marinheiro esta em apuros apenas e assoprar uma concha, e com um hipocampos ela vem em seu resgate.

Referências[]

  • Junito de Souza Brandão, Dicionário Mítico-Etimológico da Mitologia Grega, Vozes, Petrópolis 2000.
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