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Manticora

Mantícora, em bestiário francês do século XV

Jonathan Hunt Bestiary 15 Manticore

Mantícora em Bestiary: An Illuminated Alphabet of Medieval Beasts, de Jonathan Hunt

A mantícora foi mencionada pela primeira vez nas anotações sobre a Índia de Ctésias, médico grego que trabalhou na corte do imperador persa Artaxerxes II, no século IV a.C. Chamou-a, na verdade, de martícora (grego martikhoras), palavra derivada do persa martya, "homem" e xvar, "comer", ou seja, papa-homens. Bestiários medievais às vezes também lhe dão o nome pseudo-grego de baricos.

Segundo o historiador grego Pausânias (século II d.C.), a martícora seria, na realidade, uma descrição deformada e exagerada do tigre indiano.

O nome "mantícora" veio de um engano cometido pelo copista na cópia do tratado de zoologia de Aristóteles lida pelo escritor e naturalista romano Plínio, o Velho, que difundiu o erro para os autores posteriores.

Plínio descreveu a mantícora como um animal indiano com rosto e orelhas humanos, olhos glaucos (cinzentos, verdes ou azuis), uma tripla fileira de dentes que se encaixam como em um pente, um corpo de leão, de cor vermelha, e uma voz que parece a mistura de uma flauta de Pã com uma trombeta. Sua cauda tem um ferrão como o de um escorpião, é muito rápido e tem um apetite especial por carne humana.

Nos bestiários medievais, além de um ferrão venenoso de 50 cm que mata instantaneamente, a mantícora tem espinhos de cerca de 30 cm e a grossura de um junco, que pode lançar à distância como se fossem dardos e podem matar qualquer criatura, exceto o elefante.

Algumas representações modernas da mantícora em obras de fantasia e RPGs acrescentam-lhe asas, que não fazem parte da concepção tradicional do monstro.

Referências[]

https://mbasic.facebook.com/photo.php?fbid=123072981209451&id=121181151398634&set=a.121191861397563&refid=13&__tn__=%2B%3E

  • Medieval Bestiary: Manticore [1]
  • Plínio, o Velho, História Natural, livro VIII [2]
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