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Maria Gomes

Maria Gomes tem uma das historias mais conhecidas do folclore brasileiro. Ela tem muita ligação com os contos de tradição oral como João e Maria, A Bela e A Fera e A Branca de Neve. Existem varias historia com esse nome incluso a mais conhecida é a de Maria Gomes, O instrumento e o Cavalo. Onde ela é abandonada na floresta pelos pais porque eram muito pobre, e não poderiam ficar com todos.


Maria Gomes e do Sapo do Monte Grande[]

Conta-se que, há mais de 300 anos, existia um lavrador no Monte Grande, chamado José Savedra, que se perdeu de amores por uma donzela filha do lavrador do Monte de Capelins, chamada Maria Gomes e que teve o fim que a seguir se descreve: O lavrador do Monte Grande, o mais poderoso das terras de Capelins, perdeu-se de amores pela filha mais nova de Manoel Gomes, lavrador do Monte de Capelins. O José era muito feio, alto, pernas fininhas, grande barriga, olhos salientes, pele de sapo, não lhe faltava nada para parecer um autêntico sapo, foi fácil ganhar esse apelido por aqui. A Maria Gomes era a donzela mais linda de Capelins e arredores, com tudo no seu lugar e era muito cobiçada por todos os rapazes em idade de casar. Mas a Maria era filha de lavrador e só podia casar com um filho de outro lavrador ou com um lavrador. O José Savedra não deixava a Maria por um momento, mas ela não só não gostava dele, como o odiava cada vez mais, até que um dia ele foi pedi-la em casamento ao seu pai, ao Manoel Gomes, mas quando este viu e ouviu o desgraçado daquele monstro, que além de ser muito feio, não tinha maneiras, estava vazio de princípios e não teve coragem de lhe entregar a mão de Maria, mas também não a podia negar, ele era o melhor partido que podia existir para a sua filha e tentou ganhar algum tempo, pediu desculpa, dizendo que queria ouvir a esposa e a filha e que ela ainda era muito nova e não estava preparada para se casar e mais isto e mais aquilo. O Sapo, percebeu que o lavrador Manoel não queria ser seu sogro, considerou uma grande desfeita e a partir daquele dia as suas atitudes mudaram completamente. O que o sapo ainda não sabia era que na vida da Maria já existia um grande amor, era o filho do lavrador do Monte da Capeleira, chamado António, mas não demorou muito a saber. O sapo não desistiu de casar com a Maria e se não conseguia a bem, foi tentar a mal. Um dia mandou atrelar um cavalo à sua charrete e foi procurar uma bruxa que morava nas imediações de Terena e que tinha muita fama de resolver estes assuntos através dos seus bruxedos. Contou-lhe o que se passava e o que queria que ela fizesse e perguntou-lhe se conseguia fazer a Maria gostar dele, respondendo a bruxa que sim, com a maior das facilidades, mas para isso dar certo tinha de se instalar no Monte Grande e ele tinha de lhe dar tudo o que ela pedisse, ao que ele acedeu e a bruxa instalou-se no Monte Grande, como uma rainha, tudo do melhor. Começou imediatamente a fazer os bruxedos para separar a Maria do António e para ela gostar do sapo, mas quantos mais bruxedos fazia, mais unidos eles estavam e o António pediu-a em casamento, sendo bem aceite pelo pai de Maria. Tudo corria do avesso ao sapo e à bruxa o que o levou ao desespero e um dia expulsou a bruxa do Monte Grande e foi-lhe dando pontapés até ao Monte de Nabais, quase a matou à pancada. A bruxa ficou um tempo pelo Ai Ai a recuperar e, assim que melhorou jurou vingar-se do sapo e foi instalar-se perto do Monte Grande, para os bruxedos, agora contra o sapo, terem mais força. O sapo, cada dia que passava estava mais definhado, comia, comia, chegava a comer uma galinha inteira com um pão e a sua barriga estava cada vez maior e as pernas cada vez mais fininhas, todo mirrado, só tinha olhos e barriga, um autêntico sapo, até que um dia caiu de cama e não se levantou mais.


Chegou o dia do casamento da Maria e do António e no momento que estavam a celebrar o casamento na Igreja de Santo António, o sapo deu o último suspiro e faleceu no Monte Grande. Quando os noivos, já casados, deixaram a Igreja, cruzaram-se com a bruxa que regressava a casa e, ainda lhe acenou a desejar felicidades.

No dia seguinte, fizeram o funeral do sapo na Igreja de Santo António e nunca mais se falou dele nas terras de Capelins.

A Maria e o António foram muito felizes, tiveram muitos filhos e os seus descendentes ainda hoje estão pelas terras de Capelins!

Nem sempre, o poder vence!


Fontes[]

https://www.pontofrio.com.br/maria-gomes-luis-da-camara-cascudo/p/120533

ALVES, Januária Cristina. Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro. Sesc, FTD, São Paulo 2017

http://www.creepypastabrasil.com.br/2013/06/creepypasta-dos-fas-mansao-procopio.html

http://amigosdecapelins.blogspot.com/p/a-lenda-da-maria-gomes-e-do-sapo-do.html

https://www.joinvilleiros.com.br/cgi-sys/suspendedpage.cgi

https://aminoapps.com/c/terroramino_pt/page/blog/mansao-procopio-gomes/aV21_jxqH0uald5objKM3VpjjqDzBGo7EmY

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