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Jakob Jordaens

Infância de Zeus, de Jakob Jordaens (1640) - Adrastéia ordenha Amaltéia para o pequeno Zeus

As melíades, mélias (meliai em grego, meliae em latim e inglês, meliades em francês), ou ainda melissas são as ninfas dos freixos (melía é "freixo", em grego), nascidas do sangue de Urano que caiu na Terra, quando o deus foi castrado pelo filho Crono. Do mesmo sangue nasceram as Erínias.

As melíades Adrastéia e Ida foram as nutrizes de Zeus criança na caverna cretense de Dikte e o alimentavam com mel, segundo o Hino a Zeus de Calímaco, e com o leite da cabra Amaltéia.

Os freixos eram particularmente importantes para os gregos por proporcionarem a madeira firme e durável da qual eram feitas as hastes das lanças, suas armas mais importantes em batalha. Homero, na Ilíada, chama a lança de Aquiles (presente de Quíron a Peleu) de Peliáda melíen, "o freixo do filho de Peleu", cuja haste fora confeccionada com um tronco de freixo do monte Pélion.

Fraxinus

Freixo da espécie Fraxinus ornus

Também foi dos freixos que nasceu a raça de bronze, violenta e belicosa, segundo Hesíodo em Os Trabalhos e os Dias [1].

As conotações militares do freixo, a suposta origem violenta dessas entidades e o fato de terem as Erínias como irmãs associam as melíades a um aspecto belicoso e marcial, estranho a todas as outras ninfas.

Entretanto, elas também têm um aspecto doce. Muitas espécies de freixos segregam uma seiva açucarada que os gregos chamavam de méli, "mel", assim como ao mel de abelhas. Ambos os tipos de mel eram considerados pelos gregos como manifestação da ambrosia dos deuses, caída dos céus.

A espécie de freixo mais comum nas montanhas da Grécia, Fraxinus ornus, é conhecida em inglês como manna-ash, "freixo do maná".

Uma das melíades, chamada Melia por Hesíodo, foi mãe de Io, Foroneu, Egialeu (ou Fegeu), e Nilodice, todos filhos do Deus-rio Ínaco, seu irmão. Em outro mito, ela é mãe de Amico, filho de Poseidon. outras meliades:

  • Hidas,Adastréia, Idothéia

Melissa, Cinosura, Hélice, Amaltéia.

Notas[]

  1. Junito de Souza Brandão, Dicionário Mítico-Etimológico da Mitologia Grega, Vozes, Petrópolis 2000
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