No Haiti, Ogu, Ogou, Ogoun, Oricha Nago, Neg Nago, Gren Pwomene e Papillon são nomes dados a um grupo de loás derivados dos orixás iorubás. Reconhecem-se vários deles:
- Papa Ogou ou Ogou St. Jacques, pai e chefe dos Ogous, sincretizado com São Tiago Maior;
- Ogou Badagris, que tem o posto de general;
- Ogou Ferraille ou Ogou Feray, patrono dos soldados e tido como marido de Ezili Freda, sincretizado com São Filipe;
- Ogou Ashade, médico atendente dos militares em campanha;
- Ogou Balindjo, curandeiro e também general, existe na África em Dassa Zumê, região do Benin, e é sincretizado com São Tiago Menor ou com São José;
- Ogou Chango (Xangô), sincretizado com Santa Bárbara;
- Ogou Olicha (Oxalá), sincretizado com São Raimundo;
- Ogou Batala (Obatalá);
- Ogou Osange (Ossãe);
- Ogou Djamsan (Iansã).
Personagens da história do Haiti também se tornaram Ogous, como Ogou Dessalines.
As cores de Ogou são o azul e o vermelho, as cores nacionais do Haiti. Recebe como galos vermelhos e touros como sacrifícios e bebe rum, de preferência kleren (rum caseiro). Aceita também arroz vermelho com feijão, velas vermelhas e frutas frescas, principalmente mangas. É sincretizado com São Jorge.
Referências[]
- Selene Paniak, Religiões Africanas, edição especial de Homem, Mito & Magia, publicação da Editora Três s/d
- Pierre Fatumbi Verger, Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo, São Paulo: Corrupio, 1981