Fantastipedia
Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
Etiqueta: Editor visual
Linha 1: Linha 1:
 
[[Imagem:Olokun7.jpg|right|thumb|200px|Imagem iorubá de Olocum]]
 
[[Imagem:Olokun7.jpg|right|thumb|200px|Imagem iorubá de Olocum]]
'''Olocum''' ou '''Olokun''' (do iorubá ''Olóòkun'') é a divindade iorubá do mar, considerada em Ilê-Ifé e no Brasil como do sexo feminino e em Benin como do sexo masculino. Em Cuba, é considerado um [[orixá]] andrógino. Com Olocum vivem dois espíritos: Samugagawa, que simboliza a vida e Acaró, que simboliza a morte, ambos representados em suas "ferramentas".
+
'''Olocum''' ou '''Olokum''' (do iorubá ''Olóòkun'') a divindade iorubá do mar, considerada em Ilê-Ifé e no Brasil como do sexo feminino e em Benin como do sexo masculino. Em Cuba, é considerado um [[orixá]] andrógino. Com Olocum vivem dois espíritos: Samugagawa, que simboliza a vida e Acaró, que simboliza a morte, ambos representados em suas "ferramentas".
   
 
No Brasil, Olocum é lembrada como mãe de Iemanjá nas casas de candomblé tradicionais e homenageada nas festas de sua filha, mas não se incorpora. Iemanjá assumiu inteiramente seu papel como deusa do mar.
 
No Brasil, Olocum é lembrada como mãe de Iemanjá nas casas de candomblé tradicionais e homenageada nas festas de sua filha, mas não se incorpora. Iemanjá assumiu inteiramente seu papel como deusa do mar.

Revisão das 21h17min de 3 de maio de 2020

Olokun7

Imagem iorubá de Olocum

Olocum ou Olokum (do iorubá Olóòkun) a divindade iorubá do mar, considerada em Ilê-Ifé e no Brasil como do sexo feminino e em Benin como do sexo masculino. Em Cuba, é considerado um orixá andrógino. Com Olocum vivem dois espíritos: Samugagawa, que simboliza a vida e Acaró, que simboliza a morte, ambos representados em suas "ferramentas".

No Brasil, Olocum é lembrada como mãe de Iemanjá nas casas de candomblé tradicionais e homenageada nas festas de sua filha, mas não se incorpora. Iemanjá assumiu inteiramente seu papel como deusa do mar.

Em Cuba, diz-se que é andrógino, casado com 11 olosas e olonas (espíritos femininos do mar), pai e mãe de Iemanjá e senhor das profundezas do mar. Suas cores são azul-marinho, negro e branco.

Tem um importante papel religioso como padroeiro dos descendentes de africanos levados através do mar para as Américas. Olocum tem uma relação próxima com Oiá, divindade da mudança repentina e com os eguns, espíritos dos ancestrais, pois têm um papel crítico na morte, na vida e na transição de humanos e espíritos entre as duas existências. Segundo alguns, Obatalá o mantém atado nas profundezas para que não destrua o mundo.

Oferecem-lhe milho cozido com alho, cebola e manteiga, feijões, bolas de doce de coco, ekó, melado, bolas de inhame cozido, carne de porco, bananas verdes fritas, espigas de milho e outras iguarias envolvidas em pano azul e levadas ao mar dengtro de uma cesta.Recebe sacrifícios de galo branco, frangos, pombas, ganso, pato e da tartaruga jicotea (Trachemys decorata).

Mitos de Olocum

  • Olocum vivia na água e vivia na terra, era macho e fêmea. Sentia vergonha de sua natureza anfíbia e hermafrodita, pois não era nem uma coisa nem outra. Sentia muita atração por Orixá Ocô, mas não queria ter relações com ele, pois temia ser objeto de ridículo. Olocum, então, pediu conselho a Olofim, que lhe assegurou que Orixá Ocô era um homem sério e reservado. Olocum criou coragem e foi viver com o orixá lavrador, mas este descobriu a particularidade que existia na natureza de Olocum e contou a todos. Todos ficaram sabendo da ambígua natureza de Olocum. A vergonha fez com que Olocum se escondesse no fundo do oceano, onde tudo é desconhecido e aonde ninguém nunca pode chegar. Olocum nunca mais deixou o mar e agora só esse é o seu domínio. Outros dizem que Olocum se transformou numa sereia, ou numa serpente marinha que habita os oceanos.

Referências

  • Wikipedia (em inglês): Olokun [1]
  • Wikipedia (em castelhano): Olokun [2]
  • Wikipédia: Olokun [3]