


Onça Celeste, cujo nome real é Charía mas também é conhecida como Anhá. É uma criatura Mitologica do Folclore Tupi-Guarani, semelhante a uma onça. Muitas vezes ela é representado por um jaguar azul, para tupi-guaranis ela é a responsável pelos eclipses solares e lunares. Por estar sempre atacando Guaraci e Jaci, ela costuma atacar bem mais Jaci que Guaraci. Às vezes ela assumi a forma de uma cabocla indígena com penas com tons semelhante à pelagem de uma onça.
Conto Variável[]



Era uma vez, muito antes de as estrelas povoarem o céu noturno, uma terra onde a luz e as trevas coexistiam em um frágil equilíbrio. A lua, Jaci, governava as noites, iluminando o mundo com sua luz suave e prateada, trazendo paz e serenidade.

Mas havia outra força que espreitava nas sombras, uma criatura de poder antigo e destrutivo: a Onça Celeste, um ser imenso com a pele manchada de estrelas e olhos que brilhavam com o fogo das profundezas do universo.


Jaci e a Onça Celeste eram antigas rivais. Jaci, a guardiã da vida e da harmonia, sempre buscara proteger o mundo, garantindo que a noite fosse um momento de repouso e contemplação. A Onça Celeste, por outro lado, era a encarnação do caos e da destruição, desejando transformar o mundo em um lugar onde apenas as trevas reinassem, sem vida, sem luz, sem esperança.

A lenda conta que, em uma noite particularmente escura, a Onça Celeste decidiu que era chegada a hora de destruir o mundo. Subiu ao céu em um salto poderoso, arrancando estrelas do firmamento e lançando-as contra a terra, provocando tempestades de fogo e escuridão. A cada rugido da onça, as montanhas tremiam, e os oceanos se agitavam em fúria.
Jaci, ao ver a destruição que a Onça Celeste trazia, soube que precisava agir. Desceu dos céus em uma luz brilhante, enfrentando a criatura nas profundezas da noite. A batalha entre as duas foi titânica, com trovões ecoando pelos céus e o vento cortante soprando como lâminas afiadas. A cada investida da Onça Celeste, Jaci erguia barreiras de luz, protegendo a terra da fúria da criatura.
A Onça Celeste, furiosa por não conseguir destruir o mundo, decidiu mudar de estratégia. Sabia que, se conseguisse apagar a luz de Jaci, toda a vida sucumbiria ao caos. Em um movimento rápido, a onça atacou a lua diretamente, tentando cobri-la com suas garras e dentes poderosos. Por um momento, o mundo inteiro pareceu mergulhar na escuridão absoluta.
Mas Jaci, com sua sabedoria antiga, sabia que a força bruta da Onça Celeste não poderia superar a essência da luz. Em vez de lutar contra a escuridão, Jaci se fundiu com ela, usando a própria sombra da Onça Celeste para brilhar ainda mais intensamente. A luz da lua, agora mesclada com as sombras, tornou-se um manto protetor que envolveu o mundo.
A Onça Celeste, percebendo que sua tentativa de destruir o mundo havia falhado, soltou um rugido que sacudiu os céus. Enfurecida, tentou mais uma vez atacar Jaci, mas encontrou apenas sua própria sombra refletida na luz da lua. Consumida pela frustração e pelo poder de sua própria escuridão, a Onça Celeste foi selada nas profundezas do céu, transformando-se em uma constelação que vaga eternamente, presa entre as estrelas.
Desde aquele dia, Jaci continua a iluminar as noites, garantindo que a Onça Celeste nunca mais possa destruir o mundo. De tempos em tempos, quando as sombras parecem crescer, os povos antigos contam a história da rivalidade entre Jaci e a Onça Celeste, lembrando a todos que a luz, mesmo nas noites mais escuras, sempre prevalecerá.
E assim, a Onça Celeste, outrora uma ameaça, tornou-se parte do próprio céu, vigiada de perto por Jaci, a eterna guardiã da noite. E, enquanto a lua continuar a brilhar, o mundo estará seguro, protegido pela luz que nunca se apaga.
Onça Celeste e Jaguar Azul[]

Em uma época antiga, quando o mundo estava em seu auge de poder e mistério, dois seres colossais, igualmente temidos e reverenciados, dominavam a terra e os céus: a Onça Celeste e o Jaguar Azul. Essas criaturas não eram campeões da vida ou guardiões do equilíbrio, mas encarnações de forças que transcendiam a moralidade humana, representando níveis diferentes de maldade que mantinham o mundo em uma precária estabilidade.
A Onça Celeste, com seu manto de estrelas e olhos de fogo, era a soberana da destruição. Sua fome insaciável por caos fazia as montanhas tremerem e os mares se agitarem. Ela desejava aniquilar toda a criação, mergulhando o mundo em uma escuridão eterna, onde nada além de seu poder absoluto reinaria. Onde ela passava, a vida se extinguia, os rios secavam e as florestas queimavam. A Onça Celeste não tinha piedade, e seu único desejo era ver o mundo reduzido a cinzas.
Do outro lado, existia o Jaguar Azul, uma criatura não menos temida, com pelagem que cintilava como o brilho da lua refletido em águas turvas. O Jaguar Azul não buscava a aniquilação completa como a Onça Celeste, mas desejava submeter o mundo a uma ordem rígida, cruel e impiedosa. Ele personificava o domínio absoluto, onde as regras eram tão severas que não havia espaço para a liberdade, apenas obediência cega. Onde ele passava, as criaturas viviam sob um medo constante, forçadas a seguir leis inflexíveis que esmagavam a esperança e a alegria.
Por eras, a Onça Celeste e o Jaguar Azul mantiveram um equilíbrio sombrio, onde suas forças opostas se neutralizavam, garantindo que o mundo não fosse destruído completamente, mas também não permitia que ele florescesse verdadeiramente. A humanidade vivia à mercê desses poderes, temendo o dia em que ambos se cansassem do frágil equilíbrio e decidissem resolver sua rivalidade de uma vez por todas.
Esse dia chegou quando a Onça Celeste, insatisfeita com a simples destruição parcial que causava, decidiu que era hora de apagar completamente a existência. Ela lançou um ataque brutal, um rugido que atravessou os céus, fazendo as estrelas tremerem e a terra rachar. Em resposta, o Jaguar Azul, determinado a impedir que o caos absoluto tomasse conta, reuniu seu exército de sombras para impor uma nova era de tirania, onde todos seriam subjugados por seu poder totalitário.
A batalha que se seguiu foi devastadora. A Onça Celeste, com suas garras afiadas, arrancava pedaços do céu e lançava-os contra a terra, criando tempestades e terremotos. O Jaguar Azul, com seus olhos frios e calculistas, revidava com um poder que moldava o mundo à sua vontade, congelando rios e petrificando florestas. Cada golpe que trocavam rasgava o tecido do mundo, e as criaturas que o habitavam não tinham para onde correr.
Mas, ao longo da batalha, uma verdade terrível começou a emergir: se um deles vencesse, o mundo pereceria de qualquer maneira. Se a Onça Celeste triunfasse, tudo seria consumido pelo vazio; se o Jaguar Azul vencesse, o mundo se tornaria um lugar de desespero e opressão sem fim. Não havia vitória que não levasse à ruína.
Conforme a batalha se intensificava, algo inesperado aconteceu. O próprio mundo, sentindo que seu fim estava próximo, reagiu. As forças da natureza, até então subjugadas por esses seres, começaram a se manifestar em formas sutis mas poderosas. As árvores, as montanhas e os rios começaram a se rebelar, não contra um ou outro, mas contra ambos, buscando restaurar o equilíbrio.
A Onça Celeste e o Jaguar Azul, surpreendidos pela resistência do mundo que tanto desprezavam, perceberam que seu conflito estava prestes a aniquilar o que restava da criação, incluindo a si mesmos. Incapazes de continuar, eles se afastaram, exauridos, cada um sabendo que não poderia existir sem o outro, que sua rivalidade era tanto sua força quanto sua fraqueza.
E assim, a Onça Celeste retornou ao céu, espalhando suas estrelas como cicatrizes da batalha, enquanto o Jaguar Azul se recolheu às sombras, mantendo o mundo sob sua vigilância fria. O equilíbrio de maldade foi restaurado, e o mundo continuou a existir, preso entre a destruição caótica e a opressão implacável.
A história de seus feitos se tornou uma advertência para as gerações futuras: em um mundo onde forças sombrias lutam pelo controle, o verdadeiro perigo está na vitória absoluta de qualquer um dos lados. Pois, em sua maldade, a Onça Celeste e o Jaguar Azul ensinaram que às vezes a sobrevivência depende de um equilíbrio entre o pior que existe.
criara.
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Fontes[]
http://canaldacidade.com.br/sesc-parana-abre-inscricoes-para-concurso-entre-lendas-do-parana/
https://guibrart.artstation.com/albums/789750
https://www.picomico.com/johnatan_srs
https://rperboni.artstation.com/projects/VdmmPX
http://portal-dos-mitos.blogspot.com/2018/03/charia-onca-celeste.html?m=1