A figura do Pai João que é um preto velho sabio com cabelos encaracolados e brancos é muito presente no imaginario folclorico popular Brasileiro desde da época da escravidão. Sempre visto com um idoso contador de historia que sempre está com seu cachimbo nas mãos. Em algumas religiões de matriz africana ele é uma figura recorrente. Sempre descrito como um senhor centenário, andar yrôpego, com um português um pouco enrolado e matuto, olhos mansos com muitas historias e sabedoria de vida. A figura também aparece em contos e cantigas que levam até seu nome no titulo sendo Lundu do Pai João uma das mais conhecidas
Nascimento[]
Nascido na Fazenda Boa Esperança no norte de Minas Gerais, Pai João tornou-se conhecido durante o Ciclo do Ouro por habitar uma Fazenda Fantasma, onde ninguém queria morar. Nascido em 1730, foi escravo durante a metade de sua vida. A Fazenda onde ele trabalhava foi vendida e seus novos donos não queriam escravos. Alforriaram todos e contrataram aqueles que quisessem permanecer ganhando uma moeda e comida. Quem tinha família permaneceu na fazenda... Como ele nada tinha, resolveu partir, mas não tinha lugar onde morar. Então lembrou-se de uma fazenda abandonada na cidade vizinha e resolver ir para lá. Tinha ouvido muitas histórias a respeito do lugar e ninguém se aventurava por aquelas terras, pois eram habitadas por fantasmas de escravos enraivecidos e mineradores perdidos.
Ao chegar na fazenda descobriu o que estava acontecendo com os espíritos e resolveu apaziguá-los. Conversou e estabeleceu uma trégua com eles. Assim, pode estabelecer sua morada e viver em paz. Sua avó, por parte de mãe, havia lhe dado esse dom, que veio de seus ancestrais africanos: o de falar com os mortos. E ele ainda sabia benzer e curar. Durante o restante de sua vida tornou-se morador efetivo da fazendo e ninguém nunca lhe perturbou, pois os vivos (proprietários da fazenda) moravam em Portugal e os mortos lhe respeitavam.
Nunca casou ou teve filhos. Morou sozinho a vida toda, mas era visitado constantemente por aqueles que queriam soluções para os mais variados problemas. Ninguém na cidade lhe perturbava por conhecer sua fama. Assim, viveu em paz o restante de sua existência. E quando desencarnou passou a trabalhar auxiliando os irmãos menos esclarecidos. Um século depois tornou-se um dos trabalhadores da Umbanda, no Reino de Aruanda, onde passou a servir com dedicação e amor. Como gostava de sentar num toco em frente a sua cabana, para conversar, ficou conhecido como Pai João do Toco.
Construção Historica[]
Das heranças culturais do período econômico e histórico da produção escravocrata, uma das mais arraigadas é a dos "negros velhos". Com esse nome passou para a cultura popular a imagem do africano ou seu descendente, já idoso, trazendo no corpo os estigmas dos castigos das senzalas, as cicatrizes, o andar trôpego, o olhar desconfiado, a fala engrolada mesclando a linguagem popular com palavras dialetais; imensa sabedoria, inteligência, calma para alcançar os objetivos. Pertinaz, goza também da fama de curandeiro, sabedor dos mistérios espirituais, grande devoto do rosário, senhor absoluto dos congados e folias. Este estereótipo passível de mais qualificativos, goza de tremendo respeito nos meios populares e é sempre muito querido, não raro tratado carinhosamente pelo cognome de "vô" ou "vovô". Muitas são as estórias que lhes rodeiam e tematizam. Algumas singelas revelam o sofrimento dos escravos; outras, pendem a revelar a perspicácia em vencer obstáculos. Neste contexto folclórico que ora se aborda, as questões racistas e discriminadoras felizmente passam longe. O conteúdo valoriza a sua contribuição étnica, cultural, humana, religiosa, social e moral.
Não é raro que estes personagens venham com o nome de "pai", que tal como o de avô, já citado, denotam carinho, proximidade, confiança, parentesco, proteção, filiação, ligação, sintonia.
Dentre tantos nomes um dos mais populares dentre os chamados negros velhos é o de Pai João, tema deste post. Há pelo menos quatro sentidos para a denominação em foco: 01- guia, entidade espiritual; 02- personagem de algumas queimas de judas; 03- personagem de certas folias de Reis; 04- personagem fictício de uma série de contos populares. Passemos em rápida revista cada um deles.
01- Em alguns terreiros de umbanda, Pai João é o nome de diversas entidades espirituais da chamada Linha Africana, que vem acrescidos de qualificativos de identificação: Pai João de Angola, Pai João do Congo, ... de Minas, da Mata, da Calunga, Serrador, do Cruzeiro, etc. Vem aos terreiros incorporar nos médiuns e exercer trabalhos espirituais em favor dos filhos de fé. Mas ora não é objetivo traçado enveredar por esse viés (*).
02- Apenas de passagem é mister recordar que existe também um personagem humano cômico, mascarado, espécie de guardião da Chácara do Judas e do próprio boneco. Veste-se com roupas velhas, rasgadas, remendadas, puídas, do avesso, alpercatas ou descalço, botinas em frangalhos, chapéu de palha, máscara na cara, relho na mão. Pai João impede que as crianças invadam a chácara e roubem as prendas do Judas, antes do boneco estourar. Uma vez estourado pelas bombas, libera à agitação da petizada, que pega todos os pertences do Judas. Pai João aborda os presentes, falando com voz disfarçada e cavernosa, pede dinheiro, bebida, cigarro. Para os automóveis e com a desculpa de angariar algum dinheiro, faz-se de guarda de trânsito, inspecionando as condições do veículo e pedindo para ver os documentos, fazendo sempre comentários jocosos. Por vezes surgem dois ou três destes mascarados na festa da queima do boneco. Costume hoje raríssimo só encontra refúgio em pouquíssimas localidades rurais. Ainda é tradicional no arraial do Glória (Ritápolis) e também houve em São João del-Rei, cidade e no distrito de São Miguel do Cajuru. Nesta acepção o Pai João encontra par nos “caboclos”, mascarados que cercam o Judas no Alto Oeste Potiguar (Major Sales), e os “caretas” do sertão cearence central, Piauí e Tocantins. Pai João é ou era ainda outro personagem mascarados que acompanhava as folias de Reis da zona rural, compondo com o palhaço (bastião) e a catirina, um animado trio de bufões que tramavam os diálogos e recitativos com o anfitrião que recebia o grupo. Como tal foi conhecido desde a região das Vertentes ao sul mineiro e daí na área serrana limítrofe do Rio e São Paulo.
Contos Populares[]
Por fim nos contos populares, Pai João é um nome tradicional e indefinido para designar qualquer africano ou seu descendente, idoso via de regra, envolvido na narrativa. As estórias de escravos ou forros “Pai Joões” cheios de sabedoria, força religiosa, calma, malícia, bondade, humor, tudo amalgamado num único personagem são tradicionais e difundidas no país, formando mesmo um ciclo temático dentro da literatura oral:
“Acorda Pai João,
levanta Mãe Maria;
pra tomá café,
que já raiou o dia!”
(Catupé,Lavras, 2004.
Canto de congado na chegada ao local onde se serve o desjejum.)
Um exemplar de Pai João tematizando um conto popular colhi em 1997 do saudoso José Cândido de Salles ("Zé Cristino Boiadeiro"), morador de Santa Cruz de Minas, mas natural da zona rural de Antônio Carlos. Nesta estória de delicioso sabor popular Pai João se posta como adivinho e por pouco se livra de uma terrível encrenca. Ei-lo:
Cachimbo de escravo. Caquende (São João del-Rei/MG). (**)
Cachimbos de escravos. Três Praias (São João del-Rei/MG). (**)
Pai João vivia com a Mãe Maria e juntos tinham muitos filhos pequenos. Foi um tempo que ele ficava só encabulado num canto, pensativo, não agia. Trabalhava nada. Parece que tinha desanimado de lutar pela vida. Ela, cheia de preocupações, alertava o tempo todo:
_ Pai João, Pai João... vai caçar modo de trabalhar pra sustentar nossos filhos que os mantimentos tão acabando e agente passa falta!
Foi um dia que Pai João respondeu:
_ Vocês pensam que eu tô atoa? Tô não. Estou trabalhando muito aqui, óh! (apontando para a cabeça). Tô botando a cachola pra trabalhar que Pai João agora vai fazer adivinhação.
_ O quê?! Adivinhar? Você... Pai João, Pai João... cuidado! Que essa história de adivinhação vai dar em merda de cavalo preto!
_ Pai João vai adivinhar sim, você vai ver. Dai vou ganhar dinheiro.
_ Pai João, Pai João... a porca quando não tem o rabo comprido é rabicha!
Com aquelas curiosas expressões Mãe Maria sabiamente alertava que adivinhar ele não tinha capacidade e poderia colocá-lo em encrencas. Não ia dar certo. Acabaria mal.
Mas não lhe deu ouvidos. Perto dali era um pouso movimentado de tropas que levavam a produção dos campos para a corte. Pai João começou a agir. Ficou o dia todo vendo a movimentação e se achegou aos tropeiros, ganhou confiança. De ouvidos atentos ouviu eles conversarem que tinham de entregar aquele grande carregamento urgente no dia seguinte, sob pena de severo castigo e prejuízo, fizesse chuva ou sol. Esperou eles dormirem e pôs seu plano em ação.
Correu em casa buscou um cincerro[1] e tirando no mato um pedaço de cipó, com ele amarrou-o ao pescoço da madrinha[2] e saiu juntando os animais cargueiros do pasto vizinho ao pouso para bem longe. Depois se recolheu.
Com a barra do dia apontando, logo um tropeiro deu o alerta que os animais tinham sumido. A agitação foi grande e não faltaram comentários sobre os castigos que o rei lhes daria pelo atraso da entrega.
Pai João já estava por ali. Ficou esperando a hora certa até que soltou a sugestão, que era capaz de adivinhar onde a tropa estava. Os tropeiros se assanharam. Mas ele se fez de difícil e os homens lhe ofereceram recompensas: uma boa porção de cada gênero que eles iam carregando.
Pai João falou assim:
_ Vocês lá vão levando uns rolos de fumo, né? Dá um pedaço pra nêgo véio pitá [3]...
Calmamente, picou o fumo, esmigalhou na palma da mão, carregou o fornilho do cachimbinho feito de toco de raiz de araçá do campo[4], fez que estava concentrando... Os tropeiros desesperados todos olhando para ele.
_ Vocês põe sentido no rumo que a fumaça vai pender. [5]
E de propósito baforou no rumo que tinha escondido os animais, na reta de uma grota erma, para adiante de um espigão.
Juntaram todos para lá. Pai João pois condição:
_ Nêgo véio tá cansado, não aguenta andar longe. Precisa de montaria.
_ Mas Pai João, todas sumiram...
_ Sozinho vocês não acham.
Foram agoniados pela redondeza e alugaram um animal para ele montar.
Saíram por ali fora, rompendo o saivá[6]. Depois de muito andar, eles já iam desistindo, quando Pai João, ao sopé do morro detrás do qual tinha soltado a tropa, falou:
_ Chegou.
_ Mas não vemos nada, Pai João.
_ Mas Pai João vê. Sobe no morro e olha pro lado de lá que vocês acha.
E lá estavam. Ficaram alegres, elogiaram Pai João, deram parabéns. De volta, como prometido deram-lhe de tudo um bom tanto e foram embora de viagem. Ele chegou em casa com toda aquela comida e abasteceu a despensa para muito tempo, falando que foi através de seu serviço de adivinhação. Mãe Maria ficou satisfeita com o suprimento mas não deixou de alertar de novo:
_ Pai João, Pai João... essas adivinhação ainda vai dar em merda de cavalo preto! A porca quando não tem o rabo comprido é rabicha!
O caso é que a fama dele de adivinho esparramou. E um dia, no castelo, três garçons roubaram um tesouro. O rei e a rainha muito apegados à sua fortuna desconfiaram de Deus e o mundo[7], de menos dos três que tinham muita confiança. Começaram um grande interrogatório e até judiaram de estrangeiros que passavam por ali, fazendo torturas que visavam a confissão.
Foi aí que alguém se lembrou das habilidades do africano. Ele seria capaz de adivinhar onde estava a riqueza roubada. O rei mandou um criado lhe chamar sob pena de morte.
_ Eu bem que te avisei Pai João... (disse Mãe Maria).
Diante das majestades saiu essa ordem da boca real:
_ Você tem três dias para me dizer onde está o tesouro. Se adivinhar te dou uma parte dele e você fica rico pro resto da vida; se não, vai pra forca.
Prendeu o adivinho num porão isolado de tudo e de todos, para não interferir na sua concentração e mandou os garçons levarem para ele comida e água à vontade e com fartura. No fim do primeiro dia, depois da janta, o garçom foi levando um bule com café quente e ao entregar, Pai João exclamou:
_ É... já foi um, só faltam dois!
Se referia aos dias do prazo para morrer pois não sabia adivinhar coisa nenhuma. Mas o garçom entendeu que ele já tinha adivinhado o furto: o um seria ele próprio, ou seja teria adivinhado um dos ladrões. Ficou com muito medo e contou para os outros, pois achava que Pai João tinha mesmo esse poder.
No segundo dia foi o mesmo processo. Na hora do café antes de dormir ele...
_ É... já foram dois, só falta um!
Estava com medo pois faltava um dia para sua execução. Os garçons com mais medo ainda se juntaram e chegaram à conclusão, que, se ele já tinha descoberto dois facilmente, descobriria o terceiro e resolveram se confessar a Pai João. Foram os três ao porão:
_ fomos nós Pai João que roubamos o tesouro mas pedimos sua ajuda senão o rei mata agente na hora. Óh, temos umas economias aqui que agente tem juntado do nosso trabalho de garçom. É tudo seu se não contar que foi agente.
_ Mas e o tesouro, onde está? Retrucou Pai João.
_ Agente escondeu mas vamos aproveitar a madrugada para por no lugar de novo. Temos liberdade e confiança para entrar em qualquer lugar.
_ Então tá certo.
Assim foi feito. Pai João, vencido o prazo e já tranquilo, foi levado à presença do trono.
_ Seu prazo venceu, disse o Rei. Onde está meu tesouro?
_ Uai, tá no lugar seu Rei.
_ Está brincado comigo?
_ Não senhor. Essa é a adivinhação de Pai João. O tesouro voltou pro lugar...
Saiu às pressas para conferir e voltou todo alegre, deu os parabéns a ele, elogiou. Mas como gostou das habilidades do adivinho, lhe impôs um novo desafio, agora por pura diversão. Cochichou no ouvido de um servo para soltar suas montarias no pasto e reservar no piquete um animal predileto, o que mais gostava, um cavalo de lustrosa pelagem preta.
_ Pai João: tenho muitos cavalos. Soltei tudo no pasto, só reservei um preso, meu preferido. Que cor que ele é? Se adivinhar aumento sua riqueza, senão você não volta mais pra sua casa.
Ele baixou a cabeça, entristeceu o semblante, se viu em apuros. Como não tinha saída, lembrou de sua esposa:
_ É... bem me disse Mãe Maria que daria em merda de cavalo preto...
_ Isso mesmo Pai João! Parabéns!!! O cavalo é preto.
A corte toda o aplaudiu. A rainha, muito encrenqueira, para não ficar para trás, chamou também sua ama e fez o mesmo jogo, agora prendendo uma leitoa nabuca[8] e propôs o mesmo a Pai João: aumentar a recompensa ou a prisão.
Caiu ele noutra agonia e sem ter saída ...
_ É... bem me disse Mãe Maria que a porca quando não tem o rabo comprido é rabicha...
_ Isso mesmo Pai João! Adivinhou! Ela não tem rabo, é cotó.
E assim, aclamado, aplaudido, respeitado, Pai João voltou cheio de muita riqueza e quando Mãe Maria perguntou o que ia fazer com tanto dinheiro, respondeu:
_ Pai João vai formar os filhos para advogado para defender Pai João ...
E nunca mais mexeu com adivinhação.
Figuras Semelhantes[]
São muitas as lembranças da minha encarnação como escravo em uma fazenda de café no interior paulista. O som da chibata, os gritos dos feitores que saíam à caça dos escravos fugidos, as amas de leite obrigadas a amamentar os filhos da sinhá. Lembranças pungentes de muito sofrimento. Quando a princesa Izabel assinou a Lei Áurea, eu estava velho e muito doente.
A senzala era o único lugar onde o negro conseguia ser livre. Minha história de vida foi muito triste, mas aprendi muito. O sinhô era um homem muito refinado e não me tratava mal, mas a sinhá era uma mulher muito infeliz. Seu coração cheio de fel não sabia amar. Era temida e detestada. Por muito pouco mandava chicotear os escravos da senzala e o sinhô fazia todas suas vontades. Negrinhos eram afastados das suas mães, velhos escravos iam para o tronco e as escravas caseiras tremiam com as ordens da caprichosa sinhá. Eu não me queixava e jamais cultivei o ódio e a vingança. Alguns escravos odiavam os senhores com todas as forças até à morte. No plano espiritual, continuavam a perseguição perturbando os senhores com a força da magia negra e da vingança. Como é bom ser bom! Como é triste ser mau! Quantas lágrimas e sofrimentos os senhores plantaram através de suas atitudes. No entanto, todos caminharemos para a Eterna Felicidade! O caminho mais sublime é o Amor, mas alguns só evoluem através da Dor!
Eu era forte e jovem, mas quando meu grande amor foi vendido, capricho da sinhá, minha saúde nunca mais foi a mesma. Minha vida mudou bastante e o meu consolo eram as rezas. Jamais cultivei a revolta ou a vingança. Os Orixás me davam a paz e o consolo para suportar as provas daquela encarnação.
Pior que a escravidão os grilhões da maldade e do preconceito. Muito pior que nosso sofrimento era o peso dos pecados daqueles que oprimiam seus irmãos de cor.
No dia 13 de maio, a alforria! No entanto, as lembranças marcaram minha vida para sempre. Foi minha encarnação mais proveitosa. Nessa vida de martírios, cultivei a renúncia e a humildade.
Quando desencarnei, meu grande amor estava à minha espera. A linda escrava que eu amei e foi vendida já estava no Plano Espiritual ansiosa pelo meu retorno. Somos todos irmãos! Somos todos iguais!
Muito tempo se passou e agora estou novamente na Terra. Não como espírito encarnado, mas como pai velho trabalhando nos terreiros de Umbanda. Minha vestimenta astral é a de preto velho. Escolhi essa missão para estar mais perto dos meus filhos de fé. Muitos precisam de libertação, da alforria da paz e da fé. Essa é a missão dos pretos velhos! Conselho, resignação, amor e paz! Limpar com a fumaça do cachimbo os miasmas do mal e da doença.
Aceitei essa tarefa sublime por muito amar a Humanidade. Conheci o sofrimento, a humilhação e a pobreza.
Minha mensagem é de libertação! Filho de fé liberte-se dos grilhões do orgulho e do egoísmo. Se você está sofrendo, não desanime! Confie no Pai Oxalá que tudo vê e tudo sabe! Faça sua parte no aprimoramento espiritual e na reformulação das suas atitudes. Liberte-se das vibrações negativas do desânimo, da tristeza e do pessimismo. Ame a Terra! Colabore para que esse Planeta melhore cada vez mais e seja um grande Lar de Amor! Liberte-se do peso da angústia através do Amor! Perdoe seus inimigos, porque Oxalá é o exemplo de Perdão e Misericórdia!
Desejo que Oxalá o ilumine hoje e sempre! Nascemos para vencer e evoluir! Nascemos para conviver com Amor e tolerância! Somos todos irmãos! Nascemos para cumprir apenas uma passagem! A verdadeira vida é a vida espiritual!
Pai João das Almas (Mensagem psicografada por Sandra)
O querido pai velho Pai João das Almas nos acompanha desde o nascimento! Ele teve uma vida pregressa como escravo negro no Brasil. Todos os pais velhos que baixam nos terreiros foram escravos? Não. Eles tomam a forma de negro velho para trabalhar nos terreiros de Umbanda. No entanto, nem todos tiveram encarnações como escravos.
Os pretos velhos são os queridos mensageiros da paz, senhores da experiência e da humildade!
Representam Yorimá, Orixá primaz do Elemento Terra.
Segue-se os 7 Orixás menores, os guias e os protetores. Os Orixás menores são:
Pai Guiné
Pai Congo de Aruanda
Pai Arruda
Pai Tomé
Pai Benedito
Pai Joaquim
Vovó Maria Conga
Guias de Yorimá:
Pai Chico das Almas
Pai João d`Angola
Vovó Cambinda de Guiné, entre outros.
Os pretos velhos utilizam as rezas e os benzimentos. Seus benzimentos com a fumaça do cachimbo limpam a aura dos filhos de fé. Os pais velhos não são viciados no fumo. Os pais velhos evoluídos não precisam do fumo e nem do cachimbo no Plano Espiritual. Ao fumarem seus cachimbos veiculam com a fumaça fortes vibrações que limpam a Aura, desagregando as vibrações negativas que poderiam trazer doenças e sérias perturbações aos filhos de fé. O pai velho sabe como manipular a fumaça de um cachimbo. São vários os graus da evolução de umpreto velho. No entanto, todos caminham para a Sabedoria Maior.
Suas mirongas são poderosas. Através do singelo oferecimento do café ou do vinho, os pretos velhos magnetizam a bebida com elementos para a cura e alívio dos filhos de fé. Espíritos evoluídos não tem necessidades materiais. Não precisam tomar café, vinho ou pinga. Se alguns pais velhos utilizam o café ou vinho é por que tem alguma finalidade superior. Estou falando dos pretos velhos evoluídos e sábios.
O médium de Umbanda tem que se aprimorar cada vez mais para ser um instrumento fiel dos sábios pretos velhos.
Ouvir a voz paciente do médium incorporado com seu preto velho, receber seu benzimento traz alívio e reconforto. Os pais velhos benzem crianças com ramos de arruda e alecrim.
A essência da Vibração de Yorimá é o Eucalipto e a Erva Cidreira.
Erva Sagrada: Eucalipto.
Exu Guardião: Pinga-Fogo.
Planeta: Saturno.
Signos: Capricórnio e Aquário.
Cor vibratória: Violeta.
Dia propício: Sábado.
Ervas de Saturno: Trombeta, Bananeira, Tamarindo, Alfavaca, Sete-Sangrias, Vassoura-Preta ou Branca.
Os 7 orixás menores têm seus emissários da luz para as sombras, os Exus Guardiões, que são serventias e elementos de ligação com cada um deles. São:
Pai Guiné: Exu Pinga-Fogo.
Pai Congo de Aruanda: Exu Lodo.
Pai Arruda: Exu Brasa
Pai Tomé: Exu Come-Fogo.
Pai Benedito: Exu Alebá
Pai Joaquim: Exu Bara
Vovó Maria Conga: Exu Caveira.
Como homenagear os queridos pretos velhos no dia 13 de maio? Faça uma prece singela ou acenda uma vela branca. Mantenha sempre uma vibração de paz e concórdia. Ame e compreenda seus irmãos e se liberte dos véus da ignorância e do egoísmo. Não há felicidade suprema sem transformação para o Bem!
Saiba conversar com o preto velho! Não o escravize novamente com pedidos egoístas ou maldosos. Lembre-se da lei da Caridade!
Confie! Oxalá colocou em nosso caminho a serena e experiente proteção dos pretos velhos para nossa libertação!
Fontes[]
https://integralismolinear.org.br/lendas-do-natal-vovo-indio-e-pai-joao/
https://espadadeogum.blogs.sapo.pt/pai-joao-das-almas-um-lindo-preto-velho-4186271
https://www.elo7.com.br/escultura-preto-velho-pai-joao-da-mata-imagem-em-gesso-puro/dp/AAF77B
https://www.elo7.com.br/escultura-preto-velho-pai-joao-da-mata-imagem-em-gesso-puro/dp/AAF77B
https://integralismolinear.org.br/lendas-do-natal-vovo-indio-e-pai-joao/
https://tupaijoaodacaridadeararaquara.blogspot.com/2019/03/historia-de-pai-joao-da-caridade.html
https://www.facebook.com/umsalvepragaleradorape/posts/2033635120243612/