Os pãs ou panes eram daimones rústicos das montanhas, dos pastos e dos rebanhos de ovelhas e cabras que pastavam nessas terras.
Eram representados ora como homens com cabeça e cauda de bode (às vezes também pés), ora com rosto humano de orelhas pontudas, chifres, barbicha, nariz achatado e pés de bode, semelhantes aos faunos latinos. Como espíritos lascivos da fertilidade, tinham órgãos sexuais superdesenvolvidos, freqüentemente representados com membros eretos [1].
Podem ser vistos como a multiplicação do deus árcade Pã. Estavam freqüentemente associados com os sátiros que, entretanto, eram representados com cauda e orelhas de asno.
Entre os panes contam-se Egipã, que ajudou Zeus em suas batalhas contra o monstro Tifão e foi posto entre as estrelas como a constelação do Capricórnio, Agreu, deus da caça e da profecia rústica, Nômio, deus dos pastos e dos pastores, Pã Sibário, nascido de um pastor e uma de suas cabras e os Pânidas, doze filhos do deus Pã.