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O '''pique''' (''pike'', em inglês) é uma arma de guerra composta de uma haste comprida de madeira, guarnecida de um ferro chato e pontiagudo. Inicialmente era muito longa, chegando a ter cinco metros. Reduzida com o tempo, transformou-se no '''[[espontão]]'''
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O '''pique''' (''pike'', em inglês) é uma arma de guerra composta de uma haste comprida de madeira, guarnecida de um ferro chato e pontiagudo, com três a seis metros de comprimento.
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Do início da Alta Idade Média ao início da Idade Moderna, os piques eram usados tanto para ataque a peões inimigos quanto como para defesa contra ataques de cavalaria. Sua eficácia dependia do treinamento eficiente de uma tropa numerosa para manobrar em formação. Visto que os servos eram normalmente proibidos de usar armas, os piques eram usados por camponeses e burgueses, principalmente de cidades livres.
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Visto serem inúteis como armas individuais, era vital para os piqueiros usar uma arma secundária, mais curta, para o caso de a formação se quebrar e a luta degenerar em batalha corpo-a-corpo. No início, quando as espadas eram dispendiosas e pouco acessíveis aos peões, essa arma era mais freqüentemente uma maça ou adaga. Tropas mercenárias do final da Idade Média usaram armas superiores, como [[alabarda|alabardas]] e espadas.
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No enfrentamento entre tropas armadas de piques, aquelas com as armas mais longas tinham uma vantagem evidente. Por isso, procurou-se fazer piques tão longos quanto fosse possível, dentro das limitações da força do peão e da qualidade da madeira. Para que o pique não entortasse, era geralmente feito de madeira de freixo da melhor qualidade e a haste se estreitava a caminho da ponta, para poupar peso.
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No final da Idade Média, o surgimento de exércitos mercenários armados de piques e [[alabardas]] determinou a decadência da cavalaria medieval. Os piques decaíram e desapareceram no início do século XVIII, quando a generalização do uso de mosquetes de pederneira fez dos piqueiros um alvo fácil e indefeso.

Revisão das 15h21min de 27 de janeiro de 2008

O pique (pike, em inglês) é uma arma de guerra composta de uma haste comprida de madeira, guarnecida de um ferro chato e pontiagudo, com três a seis metros de comprimento.

Do início da Alta Idade Média ao início da Idade Moderna, os piques eram usados tanto para ataque a peões inimigos quanto como para defesa contra ataques de cavalaria. Sua eficácia dependia do treinamento eficiente de uma tropa numerosa para manobrar em formação. Visto que os servos eram normalmente proibidos de usar armas, os piques eram usados por camponeses e burgueses, principalmente de cidades livres.

Visto serem inúteis como armas individuais, era vital para os piqueiros usar uma arma secundária, mais curta, para o caso de a formação se quebrar e a luta degenerar em batalha corpo-a-corpo. No início, quando as espadas eram dispendiosas e pouco acessíveis aos peões, essa arma era mais freqüentemente uma maça ou adaga. Tropas mercenárias do final da Idade Média usaram armas superiores, como alabardas e espadas.

No enfrentamento entre tropas armadas de piques, aquelas com as armas mais longas tinham uma vantagem evidente. Por isso, procurou-se fazer piques tão longos quanto fosse possível, dentro das limitações da força do peão e da qualidade da madeira. Para que o pique não entortasse, era geralmente feito de madeira de freixo da melhor qualidade e a haste se estreitava a caminho da ponta, para poupar peso.

No final da Idade Média, o surgimento de exércitos mercenários armados de piques e alabardas determinou a decadência da cavalaria medieval. Os piques decaíram e desapareceram no início do século XVIII, quando a generalização do uso de mosquetes de pederneira fez dos piqueiros um alvo fácil e indefeso.