Fantastipedia
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Rheacronus

Reia apresenta a Cronos uma pedra envolvida em cueiros no lugar de Zeus. Relevo de mármore de 400 a.C., no museu Capitolino

Rheia

Reia, no jogo Age of Mythology

Reia (do grego Ῥέα, Rhea) era uma titânide filha de Urano e Gaia.

Trata-se, provavelmente, de uma Grande Mãe cretense que, por meio do sincretismo creto-micênico, foi integrada à mitologia grega como esposa de Cronos e mãe de Héstia, Deméter, Hera, Hades, Posídon e Zeus. Os romanos a identificaram com sua deusa Opis ("Plenitude") ou Ops, esposa de Saturno. Evêmero e Diodoro da Sicília a identificaram com Pandora.

Etimologia[]

Rhea possivelmente significava originalmente "ampla" ou "larga" como epíteto da Terra, cognato de eurýs, "largo" e derivado de *wreiə>*Ϝρεῖα. Os etimologistas da Antiguidade derivavam 'Ρέα por metátese de έρα "chão", mas uma tradição baseada em Platão conectava a palavra com ρείν, "fluir".

Mito[]

  • Instruído por um presságio de Urano e Gaia, Cronos devorava todos os filhos tão logo nasciam, porque sabia que um deles o destronaria. Grávida de Zeus, a deusa fugiu para a ilha de Creta e lá, secretamente, deu à luz o caçula, no monte Ida ou Dicta. Envolvendo em panos de linho uma pedra, deu-a ao marido, como se fosse a criança e o deus, de imediato, a engoliu. O pequeno Zeus foi posto aos cuidados dos servidores de Reia, os Curetes, que mais tarde se tornaram guarda-costas de Zeus e sacerdotes de Reia, desempenhando cerimônias em sua honra. Quando adulto, Zeus obrigou Cronos a vomitar os demais filhos que, comandados por Zeus, destronaram o pai.

Sincretismo com Cibele[]

As semelhanças entre Reia, deusa cretense e Cibele, grande mãe frígia, eram tão marcadas que os gregos identificaram as duas deusas, considerando que Reia abandonara seu lar original em Creta e fugiu para as montanhas da Ásia Menor para fugir à perseguição de Cronos, ou vice-versa. Na época helenística e romana, a partir da Argonautica de Apolônio de Rodes (século III a.C.), Reia foi inteiramente sincretizada com a deusa frígia Cibele, "mãe dos deuses":

Da Mãe dependem os ventos, o oceano, a Terra inteira sob o nevado assento do Olimpo; sempre que ela deixa as montanhas e sobe à grande abóbada de céu, o próprio Zeus, o filho de Cronos, abre caminho e todos os outros deuses imortais igualmente dão lugar à terrível deusa

Diz o vidente Mopso a Jasão, que escala o elevado santuário no monte Díndimo para oferecer sacrifício e libações que aplaquem a deusa, de modo que os argonautas possam continuar sua jornada. Para o temenos dela, eles esculpem uma imagem da deusa, um xoanon, de um toco de videira. Ali,

eles invocam a mãe de Dindimo, senhora de todos, a moradora da Frígia, e com seu Títias e Cileno que, apenas eles entre os muitos Dáctilos cretenses do Ida são chamados "guias do destino" e "aqueles que se sentam ao lado da Mãe do Ida".

Eles saltam e dançam em suas armaduras:

por essa razão os frígios ainda adoram Reia com tambores e tamborins.

Referências[]

  • Wikipedia (em inglês): Rhea (mythology) [1]
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