Santo criado pela inventividade popular. Ao lado de São Pagamião, integra o panteão de santos imaginários.
Como é um santo que inexistente, não possui dia no calendário. Origina-se daí a expressão dada como resposta a um pedido qualquer, de só atendê-lo no dia de São Nunca (muitas vezes com acréscimos como "que chover peixe" ou "à tarde", aumentando a impossibilidade da realização). A réplica, geralmente, é que o dia de São Nunca é o 1º de novembro, dia de Todos os Santos.
Segundo Pereira da Costa, em Vocabulário pernambucano, o termo tem origem portuguesa e encontra-se em uso desde pelo menos o princípio do século XIX. No Chile, há um santo com a mesma função: San Blanco, aquele "que no tiene cuando".
Referências[]
- Luís da Câmara Cascudo. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1954
- F. A. Pereira da Costa. Vocabulário pernambucano. Revista do Instituto Arqueológico Pernambucano, v.34, Recife, 1937, p.283
- Mário Souto Maior. Dicionário de folclore para estudantes [1]