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Turdus-rufiventris

Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)

O sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), também piranga, ponga, sabiá-coca, sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-gongá, sabiá-laranja, sabiá-piranga e sabiá-poca, é conhecido como rufous-bellied thrush em inglês, zorzal colorado em castelhano, grive à ventre roux em francês.

Tem cerca de 25 cm de comprimento. O macho pesa 68 gramas e a fêmea, 78 gramas.Vive em quase todo o território brasileiro, exceto a floresta amazônica. Prefere as beiradas de matas, pomares, capoeiras, beiras de serras e estradas, praças e quintais, sempre perto de água abundante. Procria entre os meses de setembro e janeiro. É um pássaro territorialista, e demarca uma área geográfica quando está em processo de reprodução e não aceita a presença de outras aves da espécie, a fêmea também é muito valente. Ao iniciarem-se as chuvas ao final do mês de agosto, cantam muito para estimular suas fêmeas e fixarem sua morada, notadamente ao amanhecer e ao entardecer.

Quando não estão em processo do choco ou na "fase do fogo", na qual a libido está em alta, quase não cantam e podem ser vistos agrupados, especialmente no chão a comerem frutos e insetos. Consomem quase todas as frutas de pomares, com preferência para o mamão e abacate. Apreciam também pimenta, amora, mariana e alguns legumes.

Seu canto é longo e melodioso assemelhado ao som de uma flauta e dependendo do local pode-se escutá-lo a mais de um quilômetro de distância. Alguns repetem o canto e chegam a passar até dois minutos emitindo-o, sem parar.

Sabiá-laranjeira no folclore[]

O sabiá-laranjeira é um dos pássaros canoros mais celebrados no folclore brasileiro, como nesta quadrinha popular:

Sabiá canta na mata
descansa no pau agreste;
um amor longe do outro
não dorme sono que preste.

De Catulo da Paixão Cearense:

A sabiá lá no alto
da ingazeira serena
chorava como se fosse
uma viola de pena.

“Come pimenta que nem sabiá” é um provérbio popular. Os sabiá vive nas hortas, à procura de pimenta, e onde cai seu excremento nascem pimenteiras. Os índios o apreciavam porque esse fruto lhes permitia negociar as mercadorias de que necessitavam.

Em 2002, foi oficialmente declarado “Ave Nacional do Brasil” e símbolo do “Dia da Ave” comemorado em 5 de outubro.

Referências[]

  • Luís da Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Global, 2000
  • Saúde animal: criação de sabiá-laranjeira [1]

Veja também[]

Sabiá-da-praia

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