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Diabo-01

Satanás, Satan, Diabo (do latim diabólus, por sua vez originado do grego antigo (διά+βολος), transl diá(mediante à/passar de/através de)+bolos (recusar, retrucar, argumentar), entendido como "negador", "caluniador", "opositor", divisor ou "acusador"(aquele que nega), chamado em português Diabo, espanhol Diablo, italiano Diavolo, inglês, Devil, russo Dyavol. No Brasil há diversos apelidos como: Maligno, Coisa-ruim, 7-Peles, O inimigo, Satanás, Tinhoso, Capêta, Capirôto, Satã, Peralta, Dêmo, Belial, Demônio, Cão, Desgraçado, Maldito, Anjo-Mau, Belzebú, Príncipe-das-Trevas, Pai-da-Mentira, Chifrudo, "deus-deste-mundo", Mafarrico, Malfazejo, , no Rio Grande do Sul chamado de Sanguanel, é o título mais comum atribuído à uma ou mais entidades sobrenatural maligna da tradição cristã. É tratado como a representação do mal, em sua forma original de um anjo querubim, responsável pela guarda celestial, que foi expulso dos Céus por ter criado uma rebelião de anjos contra Deus com o intuito de tomar-lhe o trono ou imitar a glória do Criador. Com seu parecer desconhecido, muitas são as tentativas de reproduzi-lo. A Bíblia retrata a figura de um anjo querubim de alta hierarquia portador de grande beleza, perfeição, sabedoria e luz que se rebelou contra Deus. A imagem folclórica mais popular lhe retrata a ter uma cor vermelha, com feições humanas monstruosas mas com chifres, rabo pontiagudo e um tridente na mão, para remeter a um cetro ou objeto de tortura.

Outra forma também comum quanto a aparência no meio ocultista corresponde à de um ser metade humano, metade bode, com o pentagrama invertido inscritos no corpo (ver: imagem de Baphomet).

Estrutura[]

A doutrina cristã diz que Satanás assumiu a forma de uma serpente e tentou Eva no Jardim do Éden, mas não há nenhuma menção ao diabo no livro Genesis. Foi só mais tarde que os cristãos interpretaram a serpente como uma encarnação de Satanás. Também acredita-se que Satanás foi expulso do céu após desafiar a autoridade de Deus. Porém, na Bíblia, um personagem misterioso é expulso após rebelar-se contra Deus. A caracterização de Satanás como um anjo caído deriva dessa tradição.

Judaísmo[]

No judaísmo dominante, não existe um conceito de Diabo, como existe no cristianismo e no islamismo. As únicas referências claras a Satanás no Antigo Testamento estão nos livros de Zacarias e de Jó. A maioria dos judeus não acredita na existência de uma figura omnimalevolente sobrenatural. . A palavra hebraica שטן “Shatán” significa literalmente “Opositor/ Evitador/ Impossibilitador”. Inibir quer dizer, tentar impedir alguém de realizar algo. Tradicionalistas e filósofos no judaísmo medieval aderiram à teologia racional, rejeitando qualquer crença em anjos rebeldes ou caídos e visando o mal como abstrato. Os rabinos judeus geralmente interpretaram a palavra satanás como é usado no Tanakh como se referindo estritamente a um adversário humano e rejeitaram todos os escritos apócrifos enoquianos que mencionam השטן Ha-Shatãn (Satanás) como uma figura literal e celestial traidora, fazendo todas as tentativas para erradicá-los e destruir tais livros. No entanto, a palavra Satanás ocasionalmente foi aplicada metaforicamente a influências do mal, por rabinos , como a exegese judaica do yetzer ha-rá ("inclinação do mal") mencionada em Gênesis 6: 5. A erudição rabínica no Livro de Jó geralmente segue o Talmud e Maimonides ao identificar "o satanás" do prólogo como uma metáfora para o yetzer ha-rá e não como uma entidade real. No entanto, de acordo com uma contraditória narração, o som do shofar, que destina-se principalmente a lembrar os judeus da importância da teshuvá, também se destina simbolicamente a "confundir o acusador" (Satanás) e impedi-lo de fazer qualquer litígio a Deus contra os judeus. Cada ramo do judaísmo tem sua própria interpretação da identidade de Satanás. O judaísmo conservador geralmente rejeita a interpretação talmúdica de Satanás como uma metáfora para o yetzer ha-rá e o considera como um agente literal de Deus, um anjo que opera o mau porém controlado por Deus. O judaísmo ortodoxo, por outro lado, abraça abertamente os ensinamentos talmúdicos sobre Satanás ( enxergando como apenas uma metafóra para "inclinação para o mal") e envolve Satanás na vida religiosa de forma mais inclusiva do que outros ramos, mas como uma natureza, não uma entidade. Satanás é mencionado explicitamente em algumas orações diárias, inclusive durante Shacharit e certas bênçãos pós-refeição, conforme descrito no Talmud, e no Código de Direito Judaico, no sentido de "afastar a inclinação para o mal". No judaísmo reformista, Satanás geralmente é visto em seu papel talmúdico como uma metáfora para o yetzer ha-rá e a representação simbólica de qualidades humanas inatas, como o egoísmo. O Diabo no Judaísmo é um tema de muita reflexão. Por seu lado, tal religião era rigidamente monoteísta e não poderia permitir em seu seio a presença de entidades satânicas que existissem à revelia da vontade divina. O Judaísmo, porém, não era imune a estas ideias e foi fortemente influenciado por elas ainda no período do segundo Templo (entre 530 a.C. e 70 d.C.), quando se escreveram alguns dos livros canônicos, que tratam da existência do Mal. Não havendo na tradição judaica espaço para estas entidades e sendo para eles o dualismo a negação do monoteísmo puro, há forte oposição no seio dos escribas e sábios judeus para aceitar tais crenças. Elas sobreviveram disfarçadas em rituais e cerimônias tradicionais, enrustidas em explicações eruditas e “traduzidas” pelo povo em crenças populares de cunho místico. Cristianismo

O Brasão de Arkhangelsk (Rússia) apresenta Miguel Arcanjo lutando contra o Diabo No cristianismo, o título Satanás (hebraico: הַשָּׂטָן ha-Shatan), "o oponente", é um título de várias entidades, humanas e divinas, que desafiam a fé dos humanos na Bíblia hebraica. "Satanás" mais tarde se tornou o nome da personificação do mal. O cristianismo vê o diabo como adversário anjo caído traidor de Deus Nos Evangelhos sinópticos, Satanás tenta Jesus no deserto e é identificado como a causa da doença e da tentação. Satanás é descrito no Novo Testamento como o "governante dos demônios" e "o Deus desta Era". No Livro do Apocalipse, Satanás aparece como um Grande Dragão Vermelho, que é derrotado por Miguel Arcanjo e derrubado do Céu. Ele é mais tarde preso por mil anos, mas é brevemente libertado antes de ser finalmente derrotado e lançado no Lago de Fogo e Enxofre (gehena) no livro do Apocalipse. Embora o Livro de Gênesis não o mencione, ele é muitas vezes identificado pelos cristãos como imbuindo uma serpente no Jardim do Éden. Verdadeiro Nome O Diabo, na maioria das igrejas, já foi um anjo de luz e estava junto a Deus, e seu nome era Helel ou Heilel (do hebraico הילל בן שחר, Hêlel Ben Shahar, "estrela da manhã" "Helel Filho da Brilhante", Lúcifer foi a tradução romana mais próxima). Houve uma rebelião nos céus, onde Deus lançou Lúcifer fora dos Céus junto com seus anjos seguidores (segundo o livro de Apocalipse, correspondente a 1/3 dos anjos), onde ele se tornou o responsável pelo mal no planeta terra.

Catolicismo[]

Na teologia católica, especialmente Agostiniana, o Diabo é a representação de tudo o que Deus não representa: perversidade, apatia, tentação, luxúria, morte, destruição, com Deus representando a Luz que existe, e o demônio, as trevas, ou seja, a ausência da Luz. Referências Bíblicas: Isaías 14, Ezequiel 28 e Apocalipse 12. Cristadelfianos Os cristadelfianos não acreditam que o Diabo seja um anjo caído, mas sim uma personificação do pecado manifesto em indivíduos, associações/governos civis e eclesiásticos. Não acreditam num anjo caído porque todos os anjos segundo o que entendem por Verdade Bíblica não pecam, crença essa que é a mesma dos judeus, porém com a diferença que os judeus conservadores acreditam que Satanás seria um anjo a serviço de Deus com a missão de testar os humanos, enquanto os judeus reformistas e ortodoxos o enxergam como uma simples metáfora para "inclinação para o mal". Entre outras explicações dizem que o salário do pecado é a morte e se os anjos são imortais logo não pecam. Espiritismo Conforme a Doutrina Espírita, o Diabo não existe e na prática acaba sendo uma alegoria que o Homem utiliza para a personificação do mal; é um ser alegórico, resumindo em si todas as paixões más dos Espíritos imperfeitos. Segundo resposta a pergunta 131 do Livro dos Espíritos: "Satanás é evidentemente a personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. Como precisa de figuras e imagens que lhe impressionem a imaginação, o homem pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram as qualidades ou os defeitos humanos. É assim que os antigos, querendo personificar o Tempo, o pintaram com a figura de um velho munido de uma foice e uma ampulheta. Representá-lo pela figura de um mancebo fora contra-senso. O mesmo se verifica com as alegorias da fortuna, da verdade, etc." Islamismo O equivalente árabe da palavra Satanás é Shaitãn (شيطان, da raiz šṭn شطن). A própria palavra é um adjetivo (que significa "desviado" ou "distante", às vezes traduzido como "demônio") que pode ser aplicado a ambos os humanos ("al-ins", الإنس) e djins (الجن), mas também é usado em referência a Satanás em particular. No Alcorão, o nome de Satanás é Iblis (pronunciação árabe: [ibliːs]), uma derivada da palavra grega diabolos e africano Íblis. O Corão menciona que ele era um djin (18-50) e que foi criado do fogo,(7-12)(38-76) - e não um anjo caído conforme acreditam os cristãos, pois para o Islão, um ser criado inteiramente para servir a Deus (como um anjo) não poderia vir a desobedecê-lo, pois se isso ocorresse, seria negar a onipotência e soberania de Deus sobre todas as coisas. Iblis é mencionado onze vezes no Alcorão pelo nome, nove vezes relacionado à sua rebelião contra a ordem de Deus de se prostrar-se aos humanos. Mais frequentemente ocorre o termo Shaitan, ou seja, às vezes relacionado a Iblis. Então Deus criou Adão, Ele ordenou que todos os anjos se ajoelhassem diante da nova criação (os anjos são jinn, mas nem todos os jinn são anjos). Todos os anjos se curvaram, mas Iblis se recusou a fazer. Ele argumentou que ele próprio, criado a partir do fogo, era superior ao humano, feito de lama, por isso ele não ajoelharia. Por seu orgulho, ele foi banido do céu e condenado ao inferno. No entanto, Iblis fez um pedido, tentando enganar Adão e seus descendentes. Deus garantiu seu pedido, mas também avisou a Iblis que este não teria poder sobre os seus servos. O Corão não representa Shaitan como inimigo de Alá, pois Alá é supremo sobre todas as suas criações e Iblis é apenas uma de suas criações. Diferentemente das crenças do Zoroastrianismo, todos os bons e maus feitos provém apenas de Alá e somente Ele pode salvar a humanidade dos males do Seu universo e de Suas criações. O inimigo singular de Shaitan é a humanidade. Ele pretende desencorajar os humanos de obedecer a Deus. Assim, a humanidade é advertida para lutar contra as perversidades de Shaitan e as tentações que ele coloca nelas. Uma crença compartilhada entre o Islamismo e o Cristianismo é que a existência universal do mal na vida pessoal é experimentada geralmente por ação de demônios. Neo-satanismo No satanismo moderno (ver Satanismo LaVey), Satanás (não existe Diabo) não é visto como uma entidade viva, e sim como um símbolo de vitalidade, poder, virilidade, sexualidade e sensualidade. Satanás é visto como uma força da natureza e dos desejos íntimos carnais do ser humano. E diferente do Satanismo Teísta, o Satanismo LaVey não prega nenhum mal. No satanismo Teísta existe de fato um culto ao Diabo. A palavra Satã significa opositor (opositor ao Deus cristão, no caso do cristianismo). Os adeptos dessa filosofia acreditam ser Deus o causador de toda tristeza existente no mundo. Logo, o satanismo prega o culto ao mal para contrariar o "bom juiz".

Fontes[]

https://www.bbc.com/portuguese/geral/2016/05/160508_diabo_vermelho_chifres_rb https://pt.wikipedia.org/wiki/Diabo

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